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Se ingratidão matasse…

A ingratidão não mata, mas deixa muitas sequelas a quem sofreu. Isso quando não esfola a alma do indivíduo esperando ser reconhecido e ainda por cima é expulso do convívio e de um local, só por que cobrou postura digna de um governante, o qual parece não ser nem um pouco honesto depois que está no poder. Isso acontece em todos os setores da sociedade e da política principalmente. Veja o que aconteceu dias atrás em Brasília, defronte ao Palácio do Governo com uma mulher cobrando postura e dignidade do presidente e recebeu nada menos que desprezo e achincalhamento por conta de uma cobrança justa de postura, isso depois ainda de falar que o apoiou. Imagine se não tivesse apoiado o político. Isso acontece em todas as esferas, quer seja entre presidente, governadores, prefeitos, a ingratidão impera entre eles como se fosse um lema a seguir. Parecem que estudaram na mesma escola, depois de eleitos.

Condenado não deve ser candidato

O ex-prefeito de Santo André, Aidan Ravin, não deve ser mais o candidato a vice na chapa de Ailton Lima, candidato a prefeito de Santo André nas próximas eleições municipais. Por conta do escândalo do Semasa durante seu governo, Aidan, entre os anos de 2009 e 2012, foi condenado a 20 anos e cinco meses de prisão pela juíza Maria Lucinda da Costa da 1ª Vara Criminal do município, visto que foi apontado pelas autoridades como o mentor do grupo que arrecadava propinas para dar andamentos em projetos ambientais que variavam na época entre 300 e 1 milhão de reais. Vários empresários denunciaram e prestaram esclarecimentos a justiça no decorrer do processo. Junto a Aidan também foram condenado o ex-superintendente da autarquia Angelo Pavin a 17 anos e dez meses, o adjunto Dovilio Ferrari Filho, 17 anos e dez meses, Antonio Feijó – ex-assessor político de gabinete, 17 anos e dez meses. Ex-chefe de gabinete Beto Torrado, 15 anos e dez meses e o advogado Calixto Antonio Júnior a sete anos e quatro meses por ter colaborado com a justiça. Os acusados irão recorrer da sentença.

Brigando entre si, antes das eleições

O PRTB de São Caetano, que tem boa parte de seus filiados como correligionários do presidente Bolsonaro, já entrou em rota de colisão com seus filiados, principalmente os que tinham intenção de ser candidatos a vereadores nas próximas eleições e tiveram que abandonar o partido por divergência com o mandante mor do partido, Thiago Tortorello, que pelo jeito não gostou nem um pouco de um de seus filiados se sobressaírem na mídia regional, mais do que ele e brecou sua candidatura. Com esta decisão unilateral, o PRTB acabou por perder vários candidatos que esvaziaram a legenda. Se o deputado Kim Kataguiri, tivesse chegado ao presidente do partido e não ao pré-candidato a vereador Pedro Umbelino, a situação poderia ser diferente. Mas, esqueceu o presidente que o movimento em que se encontra o Umbelino, hoje é contra o Bolsonaro, e, além do mais quem articulou para trazer a verba a saúde e São Caetano foi o candidato Pedro Umbelino e não o Thiago Tortorello com sua vaidade em querer o espólio político do falecido tio. Não distante, também outro partido da cidade, também começou a escantear o seu linha de frente na cidade Alan Camargo, que renunciou ao cargo depois de desentendimentos com o candidato a prefeito pelo Novo – Mario Bohm. Lembrando que Alan queria ser o candidato no lugar do Bohm.

Parceria para derrotar o PT

Os adversários políticos de décadas em São Bernardo, o deputado federal Alex Manente e o atual prefeito Orlando Morando, estão se aliando nestas eleições a fim de derrotar o candidato petista e ex-prefeito Luiz Marinho. O medo está rondando o gabinete do prefeito, visto que esta parceria jamais seria feita se o governo do Morando estivesse fazendo a coisa certa. A aproximação de Manente a Morando, é o sinal claro que o petismo na cidade está ressurgindo depois de uma péssima administração do prefeito do PSDB. Quem sai perdendo com esta parceria é o deputado federal, visto que, ele também queria ser o prefeito de sua cidade, e este sonho pode demorar a acontecer. A leitura é de que, se estão unindo forças agora, é porque também deve haver alguma pesquisa que indique o avanço de Marinho em áreas dominadas pelos dois. Bom sinal para Marinho que pode ganhar mais apoiadores, visto que tem muitos munícipes que também não devem apoiar esta união por achar nociva a cidade e a união seria só para perpetuar o péssimo governo nos últimos quatro anos, onde a segurança e saúde, só ganharam espaço neste ano de pandemia. Caso contrário… continuaria tudo igual.

São Caetano e seus candidatos

Os últimos levantamentos dão conta que em São Caetano do Sul, deve haver oito candidatos a prefeito na disputa ao Paço Municipal nas próximas eleições que devem acontecer em outubro. Pelo Psol deve concorrer – Pedro Mendonça, pelo PT – o ex-vereador João Morais, pelo Novo o empresário Mário Bohm, pelo PSDB o atual prefeito José Auricchio, pelo PRTB – Thiago Tortorello, pelo PSD o ex-vereador Fábio Palácio, pelo PDT – o professor André Stábile e pela Rede – o advogado e ex-assessor do prefeito Paulo Pinheiro – Eduardo Casonato. Até final do ano passado, mais partidos cogitavam lançar candidatos, mas foram desistindo pelo meio do caminho e se alinhando com os que teriam mais chances nas urnas. A disputa eleitoral parece ficar boa nas proximidades das eleições, e todos estão se aquecendo a espera das decisões do Tribunal Superior Eleitoral que devem sair até final de junho, prorrogando as eleições em um mês ou para o mês de dezembro. As duas datas estão em estudo na Câmara Federal e TSE e assim dar a largada as eleições. Muita coisa ainda vai ocorrer até se identificar o próximo prefeito de São Caetano, até algum destes candidatos desistirem no meio do caminho caso as pesquisas apontarem que não terão chance alguma de chegar em primeiro lugar, visto que na cidade não há segundo turno.

Samuel Oliveira: Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.

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