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Nem tudo foi ruim

Nem tudo foi tão ruim. No momento da dor a memória puxa pelo amargo, mas nem tudo foi tão mau assim.

Encontros aconteceram e desencontros também. Tudo tem dois versos, o melhor é saber navegar por mares calmos e revoltos. Sei que é mais fácil dizer que fazer, mas é isso! Com o tempo se aprende, pois a vida nos mostra as lições e a paz no coração diz que estamos no caminho certo da evolução. Mas quando ele aperta, então é hora da revisão.

Viver à dois é tarefa que requer esforço de conjugação. E tem que ser dos dois lados, pois se pender mais pra um, a tormenta é certa, com prenuncio de confusão.

Nem sempre acertamos e nem sempre percebemos o que há, de tão perto que estamos da desarrumação. Mas se assim for, um distanciamento é bom. O olhar enxerga melhor na solidão.

Nem tudo foi tão ruim, que não merecesse um novo tentar, como se o recomeçar fosse parte do plano. E acho que é! Sempre existe uma boa solução, a não ser que não se queira. Daí é melhor deixar ir e aguentar a dor, que vai desde o fio de cabelo até a ponta do pé em plena ribanceira.

Desistir do que não se harmoniza, mesmo que se tente tudo, requer boa dose de renúncia. E assim dar espaço para novo começo, que pode surgir melhorado, desde que se aprenda com o equivocado.

O bom viver à dois pode acontecer, tudo é uma questão de se autoconhecer.

Ala Voloshyn: Psicóloga. Escritora. Blogueira. Contadora de Histórias. Mediadora de Conversa Filosófica. Blogs: alavoloshyn, livrosvivos - SoundCloud

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