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Autonomia do Banco Central

A câmara de deputados aprovou esta semana, mais um golpe contra a economia nacional, ao permitir que o Banco Central atue de forma “autônoma”, isto durante a pandemia, onde existem demandas mais urgentes para a população, como a fome que afeta milhões de brasileiros.

Esta medida retira dos governos eleitos democraticamente a possibilidade de controlarem a política monetária (controle dos juros), além de outras medidas importantíssimas, diminuindo ainda mais a possibilidade do estado de criar formas de planejamento efetivo. O que acontece, de fato, é transformar em lei a subordinação do Banco Central aos interesses do sistema financeiro.

As propostas de Bancos Centrais “independentes”, começaram a circular nos países centrais a partir dos anos 70, porém, depois de anos desta experiência, ficou claro que esta medida auxiliou no aumento das desigualdades, pois permitiu maior desregu-lamentação do setor financeiro, ataques aos trabalhadores e medidas de restrição da política fiscal.

Desde a crise de 2008, os países centrais passaram a repensar a “independência” dos bancos centrais, pois o que se efetivou na prática foi a dependência em relação aos grandes conglomerados financeiros.

Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA
Graduando em Biblioteconomia pela USP

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