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Batendo recordes

A pandemia está fazendo com o que a cidade de São Caetano bata recordes jamais vistos na área da saúde, que era tido como referência de atendimento à população e com a pandemia do coronavírus e problemas políticos gerados desde 2017, o recorde é só negativo. Nesta semana em que o município segue as orientações do Consórcio das sete cidades e tem uma fase emergencial mais rígida, foram registrados 129 casos de covid-19 num único dia, colocando em estado de atenção toda a rede de saúde que não deveria ter desmontado o Hospital de Emergência que foi instalado com verba federal em agosto do ano passado. A crise na saúde em todo o país é grave, mas a população ainda resiste ao fato de que a cidade é de primeiro mundo, o que nunca foi, e são displicentes em se proteger contra o vírus que vem matando milhares pessoas todos os dias não só na cidade mais em todo o país. Em São Caetano, o recorde também é de óbitos diariamente e nesta semana o pico foi de 11, provocando mais um alerta na saúde.

A falta que faz

Em meados de abril/maio do ano passado, foram instalados hospitais de campanha em Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá, durante a primeira onda do Covid-19. Em plena campanha eleitoral, os mesmos hospitais que receberam verbas pontuais do Estado mais equipamentos para suas instalações, foram desativados. Explicação de todos era de que, a capacidade instalada não chegou a ser usada completamente.

Desmontaram todas as estruturas e por falta de visão, esqueceram de se atentar aos noticiários que já estava ocorrendo em outros países a segunda onda da coronavírus, e que era mais letal. Previram através de pesquisas que iriam ganhar a eleição, mas, não a guerra contra a covid-19 que já mata mais de 320 mil brasileiros por falta de atenção de políticos. Agora os hospitais e seus leitos de UTI fazem muita falta.

Popularidade rasteira

Se o presidente Bolsonaro estava descontente com as últimas pesquisas de opinião que declarava que seu governo estava em decadência total, agora parece que vai cair de vez. Tornando sua popularidade totalmente rasteira. A debandada de generais dos ministérios pode desmilitarizar totalmente seu governo, e é sinal claro que eles não querem tomar parte na segunda parte de seu desgoverno e de um suposto auto golpe que passa pela cabeça do presidente além da eminência de se chegar uma terceira onda da Covid-19 no país que está desgovernado e pode provocar mais alguns milhares de mortos por conta do negativismo em relação ao combate do vírus que já dizimou mais de 320 mil brasileiros em um ano. Nenhum ministro militar quer ser responsabilizado por um capitão sem farda e displicente com a saúde pública e que só pensa em defender seus filhos de processos correntes em juízos federais.

Pela primeira vez

A genialidade do comerciante brasileiro, não tem limites. Cada dia uma nova onda inventada. Tudo bem que todos precisam pagar suas contas, tem suas obrigações e quer manter seus comércios funcionando. Só não querem é tomar prejuízo em épocas de restrições por causa da pandemia que assola o país e a todos no geral, comerciantes ricos ou pobres. Desrespeitar a lei está sendo a regra para muitos. Desde a população que se aglomera espalhando o vírus para o maior número de pessoas mesmo sendo alertado dos riscos de hospitais lotados até comerciantes àqueles proibidos de abrir por não serem necessários, fazerem delivery de bebidas alcóolicas, não para residências e sim para a calçada do outro lado da rua. Fiscalização? – esquecem a denúncia, a PM a GCM parecem desconhecer a palavra “Fiscalização”, e se fazem de peixe morto, quando passam por estes locais.

Será verdade mesmo?

Tem vereadores no Grande ABC, que querem vacinas contra Covid-19 urgentes para seus cabos eleitorais e eleitores para não adoecerem. Esse assunto foi tema dias atrás em um Legislativo da região, quando um vereador apresentou projeto de lei para que todos os seus eleitores tenham preferência na vacinação, como se todos fossem funcionários da linha de frente na área da saúde ou exerciam profissões insalubres e por isso teriam de receber a imunização antes da chegada de suas faixas etárias. Ter um ou outro eleitor trabalhando em situação de risco é uma coisa, mas, todos? – só pode ser brincadeira destes vereadores.

Samuel Oliveira: Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.

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