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Butantan espera receber liberação da Anvisa para iniciar estudos clínicos com soro anti-Covid

Em reunião com deputados estaduais de São Paulo, o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse esperar receber liberação da Anvisa para iniciar estudos clínicos com soro contra Covid-19 ainda nesta semana.

Apesar de a Anvisa ter autorizado os testes clínicos em humanos no final de março, a agência condicionou o início dos ensaios à entrega de documentos complementares, o que, segundo Dimas Covas, consiste em um processo complexo que depende da geração de novos dados.

De acordo com Covas, os dados estão sendo gerados.

Para o diretor do instituto, as exigências podem ter sido motivadas pelo fato de ser a primeira vez que a Anvisa se pronuncia sobre os soros. “Esse processo (de liberação) já era pra ter acontecido na minha percepção, porque eu encararia esse como mais um uso de um tipo de soro já fabricado pelo Butantan, com as características de segurança e potência. Já temos um longo histórico de mais de 100 anos nesse tipo de produto, mas, enfim, houve a exigência e nós estamos atendendo”, afirmou.

Os primeiros a participarem dos testes clínicos, assim que liberados, serão pacientes transplantados do Hospital do Rim (Hrim). No entanto, o objetivo é expandir os ensaios para outros grupos rapidamente.

O tratamento pode ser importante principalmente no cuidado de pacientes com comorbidades, já que a tendência é que os anticorpos presentes no soro sejam capazes de neutralizar o vírus rapidamente, evitando a progressão para as formas mais graves da doença.

Aprovação

No final de abril, a Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo aprovou o projeto que deu origem à Lei 17.365/2021, para autorizar o governo do Estado a comprar vacinas e utilizar o soro anti-Covid, desenvolvido pelo instituto.

A oportunidade da reunião surgiu após uma visita do presidente do Legislativo, deputado Carlão Pignatari, à sede do Instituto, que é referência na produção de soros, biofármacos e vacinas. Importantes imunizantes que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), como as vacinas contra hepatite e HPV são produzidas lá.

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