Você fala, eu escuto. Por eu escutar, você fala mais. Por você falar mais eu escuto mais. De tanto ouvir acredito em você. Por acreditar em você repito o que me disse e falo também para outro ouvido me escutar. E assim de boca em ouvido espalhamos uma história que pode ser verdadeira, mas pode ser uma convincente mentira também.
Depois que a história se espalhou quem pode deter o que se falou? Verdades e mentiras movem-se na direção do vento e o último a ouvir talvez esteja muito distante do que se falou.
Quem conta uma história a conta por si. Contaminações emocionais tornam as histórias únicas. Deturpações podem endeusar ou demonizar e se assim for feito quem pode as histórias modificar? Disseminamos o que não podemos controlar. As consequências ninguém consegue prever mesmo que intencionalmente o alvo exista. E ele sempre existe! Quem conta tem seu objetivo definido, mas quem ouve nem sempre sabe ao certo por que.
Irresponsáveis os que contam e os que ouvem e dão continuidade, também.
Quantas pessoas foram injustamente condenadas por opiniões cegas e quantas tiveram seu valor enaltecido sem merecerem uma vírgula do que tenha sido dito?
Adquirimos a linguagem para nos comunicarmos, colocar um pensamento, sentimento e tudo o mais. É uma ferramenta que em si não é boa nem má. A intenção dá o valor benéfico ou não.
Criamos uma enorme rede que se difunde sem fim e por isso avaliar com inteligência o que se ouve e decidir se iremos ampliar ou não o que recebemos é infinitamente importante.
Falar, ouvir, multiplicar ou calar são escolhas!
Escolha, não seja mais uma cópia barata andando por aí!