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Memórias do futebol mauaense: Fernando Felix Torres, ‘Goiabinha’

A poucos dias da abertura dos jogos olímpicos de 2021 (correspondente à 2020) que será realizada em Tóquio, no Japão, vemnos a mente a máxima proferida por um dos organizadores da primeira olimpíada da era moderna de que “o importante não é vencer, mas competir. E com dignidade”. Tal afirmação entretanto sempre provocará infinitas discussões, em debates que jamais terão conclusões ou convergências.

Sem entrar na análise da questão, mesmo o Barão de Coubertin tinha a plena certeza de que o ato de gritar ‘é campeão’ sempre estará reservado apenas àqueles clubes e jogadores que com muita luta, esforço, disciplina e dedicação chegaram ao lugar mais alto do pódio, em primeiro lugar. E levantaram seus troféus como represen-tação do êxito obtido por todos aquelas pessoas envolvidas.

No futebol como em todos os demais esportes, a conquista de um título, troféu ou medalha de campeão representa acima de tudo a superação das dificuldades, dentre as quais a concorrência dos rivais que buscam a mesma colocação. Fernando Felix Torres, o popular ‘Goiabinha’, viveu essa condição em diversas oportunidades, tendo conquistado cinco campeonatos por seis times diferentes no futebol de campo e muitos outros no futsal.

Futsal, o começo de tudo

Assim como muitos craques consagrados no futebol profissional que deram seus primeiros passes no futsal, Fernando Felix Torres também iniciou no jogo da ‘bola pesada’. Nascido em Mauá em 31 de dezembro de 1980, com 8 anos de idade já atuava como ala na equipe Príncipe de Gales Futebol de Salão. Ainda no salão, passou por Ribeirão Pires FC, Barão Futsal, Mercado Zaíra, Águia do Parque, Fafusa e outros, conquistando muitos títulos.

O supercampeão Fernando ‘Goiabinha’ (apelido que o acompanha desde a infância) também destacou-se no futebol de campo, onde jogou em quase todas as posições, mas foi na lateral direita que viveu seus melhores momentos. Admirador do lateral pentacampeão do mundo Cafu, o são-paulino Fernando teve no camisa dois do tricolor paulista sua referência.

Multicampeão e levantador de troféus

Seu primeiro time na várzea de Mauá foi o Bela Vista do Parque das Américas; depois seguiu jogando e conquistando títulos por diversas outras equipes: Ampa (campeão municipal em 2002 e 2008), Flor do Morro (campeão em 2003), IV Centenário (campeão em 2010 e 2012), Jardim Canadá (campeão em 2014), Cruz de Malta e CA Itapeva. Com o vice campeonato de 2001, Fernando Goiabinha chegou a incrível marca de sete finais e seis títulos conquistados. Um recorde!

Com o tradicional CA Itapeva, Go-iabinha viveu bons e maus momentos como o rebaixamento (2017) e o acesso no ano seguinte. Sua conduta rende elogios até hoje pela gente do clube porque Fernando permaneceu no time para a disputa da segunda divisão e ajudou a recolocar esse gigante do futebol mauaense na elite do amador da cidade. No grená das antigas pedreiras, Goiabinha criou raízes.

Formado em Educação Física, Fernando trabalha atualmente no projeto Santo André Futsal exercendo a função de treinador de futsal categoria sub-20, além de ser o auxiliar técnico do time principal. Entre suas paixões, a esposa Talita Parente, seus dois filhos e o samba (tem até um grupo musical, o ‘Introdusamba’), que assim como o futebol o acompanha desde muito tempo. Campeão no salão, no campo e enquanto sujeito, Fernando Goiabinha continua a conquistar títulos, formando jogadores para competir e vencer sempre. E com dignidade!

Com a colaboração de Samuel Roberto de Aguiar.

Figurinha número 738 do Álbum do Jubileu de Ouro da Liga Mauaense de Futebol (1960-2010); na imagem, Fernando Félix Goiabinha aparece com a camisa do EC IV Centenário numa temporada que, para variar, foi campeão. Aliás, tetracampeão. Foto: Acervo pessoal de Daniel Alcarria. Data da digitalização: 2021.
Seleção de Mauá em atuação nos Jogos Regionais, em Santo André. Em pé Cebola (Preparador físico), Léo, Adriano, Wagner, Cléber, Adilson Doze, Bio e Fausto (Treinador). Agachados: Danilo, Edinho, Thiago, Adriano Foglia, Jefferson, Goiabinha e Espeto. Foto: Acervo pessoal de Fernando Felix Torres. Data: 2012.
Daniel Alcarria:

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