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Por um ambiente de negócios mais favorável

Que os empreendedores no Brasil nunca tiveram dias fáceis é de conhecimento de todos, mas o atual momento é de profunda falta de perspectiva. Como já mencionei em textos anteriores o ambiente de negócios no Brasil é de tirar o sono de qualquer um, o peso do estado sobre as empresas, o excesso de burocracia, a complexidade tributária e a insegurança jurídica faz com que o Brasil seja solo fértil para afugentar investidores e impedir os sonhos de empreendedores.

Mas de fato, quais são as ações efetivas e viáveis capaz de melhorar o ambiente de negócio? De acordo com algumas entidades, as cidades são responsáveis por fomentar o empreendedorismo local proporcionando um ambiente mais fácil para negócios e o exemplo desse cenário fica mais evidente quando avaliamos o ICE – Índice de Cidades Empreendedoras desenvolvido pela Endeavor em parceria com a ENAP – Escola Nacional de Administração Pública.

Nesse relatório foram analisados os 100 maiores municípios de acordo com as seguintes determinantes: Ambiente Regulatório, Infraestrutura, Mercado, Acesso a Capital, Inovação, Capital Humano e Cultura Empreendedora. Essas informações podem servir de base para introdução de boas práticas para gestores públicos e para entidades que promovem o empreendedorismo pelo país.

A cidade de São Paulo aparece encabeçando o relatório principalmente pelas determinantes relacionadas a Infraestrutura e Acesso a Capital. Chama atenção Florianópolis que se destaca em Inovação e Capital Humano.
Outra informação importante que saltam aos olhos é que nas cidades onde a Cultura Empreendedora é mais evidente as primeiras 23 cidades listadas no ranking estão no norte e nordeste, porém no resultado final apenas Boa Vista aparece entre as 35 primeiras cidades ocupando a posição de 19ª lugar. Isto comprova que não basta ter vocação para empreender, é necessário o apoio do estado e de entidades que promovam o empreendedorismo para que os resultados possam ser comprovados na prática.

De acordo com a OCDE os impactos de performance devem ficar explícitos nos resultados sociais e econômicos com geração de empregos, crescimento da economia, redução da pobreza e formalização de empresas e empreendedores.

O empreendedor brasileiro é de fato um guerreiro pronto para enfrentar qualquer batalha, mas se o Estado ajudasse um pouquinho tudo ficaria muito mais favorável para vivermos em um país mais justo em que todos pudessem chegar lá.

Alan de Camargo: Empreendedor, Líder do Movimento Livres, RenovaBR e da Rede Global de Empreendedorismo em São Caetano, Colunista do Jornal Imprensa ABC, membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Caetano do Sul e membro do CID (UNESCO).

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