Esta semana fomos mais uma vez surpreendidos com cenas de violência doméstica protagonizadas pelo DJ Ivis contra sua ex-mulher. As imagens são terríveis, com agressões injustificadas inclusive na presença de um bebê que foi colocado em risco.
Como sempre, o agressor tenta encontrar justificativa para seu crime, como se fosse possível justificar tal absurdo.
Quando fato como estes ocupam espaço nos noticiários, eles mostram que esse tipo de violência é presença constante em muitas casas de brasileiros. Os números do 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública mostra que houve aumento de 16,3% em relação a 2019 de casos de violência contra a mulher. Ainda em 2020 foram registrados 1.350 casos de feminicídio e a marca de 1 estupro a cada 9 minutos.
Segundo o Anuário, 81,5% dos casos de feminicídios foram cometidos pelos parceiros ou ex-parceiros e 54% dos crimes aconteceram dentro da própria casa.
Os números são impressionantes, porém não representam a realidade total, tendo em vista a subnotificação de denúncias já que em muitos casos a falta de autonomia financeira faz com que as mulheres deixem de denunciar a violência sofrida em casa.
Fato é que não podemos de forma alguma ficar de braços cruzados diante de tamanha crise, é fundamental que em qualquer pequeno sinal de violência doméstica a gente denuncie. Não dá para aceitar a falácia de “briga de marido e mulher ninguém mete a colher”, mete a colher sim e denuncia.
Outras iniciativas que visam oferecer oportunidades empregos ou qualificação para o empreendedorismo femininos são sempre bem-vindas e fazem a diferença para quem se sente desamparada com essa situação.
O mais importante é não fazer nenhum tipo de julgamento à mulher. É responsabilidade de todos tomar uma atitude em benefício da vida, ficar atentos a qualquer pequeno sinal de violência e prestar socorro sempre. Ou mudamos nosso comportamento ou seremos cada vez mais cúmplices de um crime terrível que destrói a vida de milhares de mulheres e crianças brasileiras.