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TCE de olho nas contas de SCS

A fiscalização por parte de órgão estadual, nas contas públicas dos municípios é natural, visto que está alí para que nenhum governante se sinta muito à vontade e faça o que bem entender do dinheiro que é público e não particular. Uma de suas obrigações é o apontamento de erros de aplicações das verbas públicas em áreas distintas, como saúde e educação, que são as mais controladas, por terem o maior percentual dos orçamentos municipais. Na última semana, o Tribunal de Contas do Estado – TCE, alertou o prefeito-vereador interino Tite Campanella, que sua administração não estava aplicando o percentual exato na área da educação, podendo ser criminalizado ficando inelegível para as próximas eleições.

De olho nas contas públicas

Se o Tribunal de Contas fez apontamentos na administração do interino de São Caetano, na área da educação, poderia prestar mais atenção também na área da saúde, onde há inúmeras reclamações da população, e obras que deveriam ter sido entregues e estão atrasadas a quase um ano. Outra área que deveria ser fiscalizada seria as autarquias municipais da cidade como o SAESA, que está dando prejuízos incalculáveis desde 2018, época eleitoral e ultimamente vem acumulando licitações após a execução dos serviços, casos totalmente irregulares, que não são fiscalizados corretamente. O TCE poderia dar uma mãozinha, junto ao MP.

É crime, assédio…

A eleição de vereadores numa cidade é para que ele fiscalize os atos do prefeito, seja de qual for o partido, não cometa crimes e nem desvios de recursos públicos enquanto estiver a frente das administrações municipais. Mas, a função, parece que não é bem assim que funciona. Vereadores segundo comentários de bastidores preferem muitas vezes cometer crimes de assédio contra funcionárias do Legislativo, do que exercerem suas devidas funções, àqueles que foram eleitos pelo povo, que ao pensar que está sendo representado está é sendo enganado. A estes assediadores se cuidem, uma hora podem ser denunciados por decoro parlamentar e na polícia. Nada mais justo.

Anda meio sumido

Depois da live que fez para seus amigos, e mais uma vez avisa-los que está voltando, o ex-prefeito Zé Auricchio sumiu do mapa novamente. Boatos dão conta de que ele está dando um tempo na política para ver se todos esquecem de suas promessas, e que não são poucas. O que muitos sabem, é que ele não volta como prefeito, e qualquer insinuação diferente é pura especulação de alguns “políticos” que perderam suas boquinhas na administração e estão fazendo de tudo para retornarem. Trabalhar que é bom, ao que tudo indica, muitos destes nem pensam em fazer…

Algumas ironias a parte

Como a Câmara através de seu presidente Pio Mielo ainda não questionou o prefeito interino, deveria aproveitar e fazer mais alguns pontuais, afinal estes foram assinados no início do ano e quem diretamente está sendo beneficiado no caso das cestas básicas, porque uma custa 209 reais e a outra 155 reais, diferença de 35,5% uma da outra. Para quais moradores carentes estão sendo destinadas as cestas mais baratas adquiridas pela W&C Alimentos e as mais caras adquiridas pela Tegeda Comercialização e Distribuição de Alimentos? – O Ministério Público já está sabendo desta diferença de preços e a destinação das mesmas? – É crime o presidente da Câmara não notificar as autoridades judiciais sobre o assunto.

Outras irregularidades

Dentro da mesma notificação ao Ministério Público, Pio Mielo, deveria também agir em conformidade com seu cargo, e pedir investigação do Ministério Público das licitações em andamento na cidade, de obra e compras feitas pelo SAESA depois de adquiridas e executadas. Crime não investigar o gasto do dinheiro público enquanto que a autarquia deve alguns milhões reais a SABESP desde 2018, e nada é questionado pelo Legislativo, que desde a época era comandada pelo mesmo presidente Mielo. Por que não se investiga nada?

Enquanto isso em NY

Ao comer pizza na rua com seus ministros porque estava imunizado contra Covid-19 – não pode entrar em restaurantes e depois mentir durante discurso na ONU, o presidente Bolsonaro não perdeu tempo em contaminar as redes sociais para desviar a atenção sobre o monte de asneiras que falou na última terça-feira, ridicularizando o Brasil mais uma vez com seu negacionismo fajuto e por fim, se tornando uma “persona non grata” na cidade de Nova York. Para trás deixou seu rastro de dois contaminados e quem sabe quantos mais.

Samuel Oliveira: Jornalista e conta o que de melhor (ou pior) acontece nos bastidores da política da região do ABC.

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