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2021, um ano terrivelmente inesquecível

Estamos caminhando para o fim de um ano que ficou marcado por muitas perdas e diversas cenas que ficarão por muito tempo martelando em nossas cabeças.

O que parecia ser um momento de superação com a retomada das atividades no fim de 2020 e início de 2021, mostrou-se em seu decorrer que estávamos longe ainda de superar a mais terrível pandemia que afetou o mundo inteiro.

Iniciamos o ano de 2021 com a perspectiva de superar essa crise, porém bastaram 3 meses para nos depararmos com o fechamento do comércio e mais um período de reclusão. As mais de 194 mil mortes ocorridas em 2020, seriam facilmente ultrapassadas em apenas 4 meses deste ano, chegando ao final com mais de 618 mil vidas perdidas.

Se na saúde vivemos esse terrível cenário com a recente apreensão de uma nova variante, na economia o resumo de 2021 não é nada diferente. Com a economia em frangalhos, alta no desemprego, menor poder de consumo em decorrência de uma inflação que supera os dois dígitos, é de se imaginar que não temos muito o que comemorar. A famosa recuperação em V prometida pelo ministro da economia no final de 2020 não veio, e pelo jeito não virá, já que Paulo Guedes não parece acreditar mais nas suas próprias previsões.

Na política a fotografia de 2021 não fica muito diferente dos anos anteriores. O presidente continua protagonizando cenas lamentáveis, o que o coloca como o pior presidente da história segundo pesquisa Datafolha divulgada no último dia 20/12. Mas não apenas o governo federal demonstra que não há muito o que comemorar. Pouco se viu dos demais governos no último ano, ações práticas para retomada da economia, geração emprego, saúde e principalmente um plano de retomada da educação ficaram apenas nas promessas.

Fato é que chego ao final de 2021 com a sensação de que não evoluímos como país. Perdemos a energia e a indignação que em tempos atrás nos levou às ruas. Não podemos em hipótese alguma sublimar a vontade de transformar nosso país em algo a se admirar, mas tem sido cada vez mais difícil.

Bora recuperar as forças, pois teremos um ano novo importantíssimo em nossas vidas. Muito além das eleições, o trabalho de acompanhar a vida política precisa ser diário, pois as mudanças que queremos não acontecerão apenas no dia da votação.

Saúde à todos e até 2022!

Alan de Camargo: Empreendedor, Líder do Movimento Livres, RenovaBR e da Rede Global de Empreendedorismo em São Caetano, Colunista do Jornal Imprensa ABC, membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Caetano do Sul e membro do CID (UNESCO).

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