A inflação vem aumentando continuamente, o preço dos combustíveis, o preço dos alimentos, do transporte e de todos os itens que impactam a vida dos trabalhadores, crescem todos os meses. A fome atinge neste momento milhões de famílias e metade da população brasileira está passando por alguma situação de insegurança alimentar.
Junto à inflação, o desemprego continua nas alturas e o rendimento dos trabalhadores que continuam empregados encolheu. Em contraste, as grandes empresas, em especial os bancos, tiveram grandes lucros. Toda esta situação de caos e desespero econômico, está servindo para achatar os salários e as condições de vida dos trabalhadores, aumentando na outra ponta a riqueza da elite brasileira.
Com o desemprego alto, os trabalhadores que continuam empregados passam a aceitar piores condições de trabalho, aumentar sua jornada e ganhar menos para se manter trabalhando e os que estão desempregados também aceitam qualquer condição para saírem do sufoco (em uma situação de pleno emprego ou de baixo desemprego os trabalhadores têm mais força para negociar melhores salários e condições de trabalho). Assim, toda essa situação de crise, auxilia no rebaixamento do preço da força de trabalho.
Em resumo é este o objetivo de todo o programa econômico liberal de Paulo Guedes, Bolsonaro, da burguesia brasileira e dos economistas e jornalistas liberais que aparecem todos os dias na televisão: favorecer o capital em detrimento do trabalho.
Da mesma maneira, ao cortar o dinheiro que vai para os serviços públicos, para pagar juros para negociadores da bolsa de valores, através da lei do Teto de Gastos e de
Responsabilidade Fiscal, o governo piora as condições de vida dos trabalhadores, fazendo o povo brasileiro pagar a conta.
É cada dia mais urgente acabar com as contrarreformas e a política econômica liberal, retomar a capacidade de investimento público, de planejamento do estado e garantir os direitos sociais e trabalhistas.
Max Marianek
Graduado em História pela CUFSA
Graduando em Biblioteconomia pela USP