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Diadema elabora política de saúde para população imigrante e em situação de refúgio

Desconhecimento sobre o SUS e idioma são as principais barreiras para o atendimento. Ações da SMS buscam superar esses entraves

Para oferecer atendimento humanizado e acolhedor a mais de 950 imigrantes e pessoas em situação de refúgio que escolheram Diadema como cidade de morada, a Secretaria Municipal da Saúde iniciou o processo de construção e implantação de uma política municipal de saúde voltada à população imigrante ou em situação de refúgio.

Segundo dados parciais do E-SUS, no município existem 969 pessoas de outros países, entre eles, Venezuela, Colômbia, Haiti e República Democrática do Congo. Já pelo Cad Único, são 242 famílias, sendo 94 venezuelanas, 30 portuguesas, além de 19 haitianas e outras 19 chilenas.

Uma dessas famílias é a de Noemis Karaly Marquez Perez. Há seis anos, a venezuelana, da cidade de Barquisimeto, veio com os três filhos para morar com o esposo que já estava instalado em Diadema. Nas primeiras idas à UBS Vila Paulina, ficou impressionada com a estrutura do Sistema Único de Saúde. “Quando trouxe minha filha pela primeira vez, ela tomou oito vacinas. A saúde é muito boa. No começo foi difícil pelo idioma, mas pouco a pouco eu aprendi”, afirmou.

A relação com a Agente Comunitária de Saúde Jeane Gomes Soares humaniza o atendimento. A profissional da Saúde também ressalta a importância dessa relação para a comunidade venezuelana que mora no bairro.

Aliado ao estudo inicial para identificar a população imigrante e pessoas em situação de refúgio na cidade e conhecer suas demandas, a SMS realizou uma primeira capacitação, em maio, na UBS Vila Paulina, em parceria com a Coordenação de Políticas para Imigrantes e Promoção do Trabalho Decente de São Paulo.

A “Capacitação sobre Experiências de Atendimento a Pessoas Imigrantes ou em Situação de Refúgio”, será ampliada para demais Unidades de Saúde, com a preparação de material informativo traduzido em vários idiomas para uma maior informação aos imigrantes para reduzir possíveis barreiras de comunicação. “Tem desafios específicos, que é a barreira da cultura, do idioma, de conhecer sistema de saúde” – Não queremos ter no país pessoas que fiquem doentes porque não conhecem o sistema de saúde.

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