Levantamento será realizado em cerca de 930 mil domicílios da região por mais de 2.500 recenseadores identificados com boné, colete e crachá
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) iniciou nesta semana a coleta de informações para o Censo Demográfico 2022. A iniciativa trará um mapeamento completo do país, com pesquisas realizadas em todos os domicílios do país. No Grande ABC, o levantamento será realizado em cerca de 930 mil domicílios das sete cidades por mais de 2.500 recenseadores do instituto, todos identificados com boné, colete e crachá.
Em todo o país, a previsão é realizar entrevistas em 89 milhões de endereços, nos 5.568 municípios brasileiros, além do Distrito Federal e do Distrito Estadual de Fernando de Noronha.
O Censo Demográfico é realizado a cada dez anos, com o objetivo de levantar dados amplos e confiáveis sobre diversos aspectos da vida dos brasileiros. A13ª edição de pesquisa ocorre com dois anos de atraso, devido ao início da pandemia de Covid-19 em 2020 e à falta de previsão orçamentária no ano passado.
No último Censo, o Grande ABC registrou 2.551.328 habitantes. Conforme a última projeção do IBGE, divulgada no ano passado, a população estimada nas sete cidades teria chegado a 2.807.417 pessoas.
O presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, ressaltou que, além de indicadores atualizados sobre migração, nascimentos e mortes, o levantamento vai revelar tendências e parâmetros para a realização de políticas públicas.
“O Censo Demográfico é ferramenta fundamental para viabilizar planejamento mais preciso para as ações que trazem avanços e desenvolvimento para o Grande ABC. Este diagnóstico, especialmente neste momento de retomada pós-pandemia, nos permitirá ampliar as oportunidades a partir de um plano de metas, agindo especificamente de acordo com as áreas mais sensíveis e urgentes, levando em consideração as particularidades de cada região”, afirmou Paulo Serra.
Recenseadores
Assim como em 2010, o levantamento deste ano será colhido totalmente de forma digital. Os recenseadores utilizam um dispositivo móvel de coleta (DMC), que é um computador de mão, semelhante a um aparelho celular.
Dentro do crachá do recenseador há um QR Code que pode ser lido pelo celular. Com isso, o cidadão pode confirmar o nome e a foto do recenseador e verificar se ele pertence ao quadro de servidores do instituto. Em caso de dúvida, basta ligar para o IBGE no número 0800 721 8181.
Para garantir o sigilo das informações, os dados inseridos nos DCMs estão criptografados e têm sistema de proteção. Nem mesmo os recenseadores têm acesso aos dados, depois de inseridos no dispositivo. O IBGE também segue uma política de sigilo e confiabilidade, além de contar com comitês de ética internos.
Questionário
O Censo é constituído de dois questionários: um menor, que demora cinco minutos para ser preenchido; e outro maior, que demora em torno de 16 minutos. Cerca de 10% da população vai precisar responder ao questionário mais completo.
O questionário básico traz perguntas sobre identificação do domicílio, informações sobre moradores, características do domicílio, identificação étnico-racial, registro civil, educação, rendimento do responsável pelo domicílio, mortalidade e dados da pessoa que prestou as informações.
Já o ampliado investiga também informações sobre trabalho, rendimento, casamento, núcleo familiar, fecundidade, religião ou culto, pessoas com deficiência, migração interna e internacional, deslocamento para estudo, deslocamento para trabalho e autismo.
Três formas de abordagem serão utilizadas para preencher os questionários: presencial, pela internet e por telefone. Mesmo que a pessoa opte por preencher o questionário pela internet, o recenseador irá a casa do entrevistado entregar um código necessário para preencher o questionário. Pelo telefone, ocorre o mesmo processo. No caso da entrevista pela internet, o morador terá sete dias para responder.
Outras novidades introduzidas pelo Censo 2022 incluem a maior identificação de pessoas que vivem em comunidades quilombolas e em comunidades indígenas, que terão questionários específicos.
O Censo inclui também perguntas específicas para pessoas com deficiência e para pessoas diagnosticadas por profissional de saúde com transtorno de espectro autista (TEA).