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Orquestra de Santo André se apresenta no saguão do Teatro Municipal

O saguão do Teatro Municipal Maestro Flavio Florence (Praça IV Centenário, s/nº – Centro), no Paço de Santo André, receberá uma ação inédita neste domingo (28), servindo como palco para apresentação de um dos principais patrimônios da cultura andreense.

A partir das 11h, acontecerá a primeira Ocupação Sinfônica da Orquestra Sinfônica de Santo André (Ossa), sob direção e regência do maestro Abel Rocha, com a estreia do regente assistente Felipe Gadioli e uma intervenção como solista da contralto Nathália Serrano, interpretando composições de Leonardo Martinelli. Haverá ainda interpretações de Toada, de Lina Pires de Campos, e Eclipse, de Elodie Bouny.

O evento também integra a programação do evento “Brasil de 22 a 22”, que promove o centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, em um local que conta justamente com a obra de um artista modernista, caso de Tríptico, composto por paineis geométricos de concreto aparente desenvolvidos por Roberto Burle Marx (1909-1994). O paisagista, inclusive, é responsável pela tapeçaria do salão nobre e pelo projeto dos jardins do Paço Municipal.

“Como estamos com a programação ‘Brasil de 22 a 22’, na qual trazemos a discussão do modernismo, o que foi ser moderno em 1922, o que significa essa modernidade, nós apresentamos esse contraponto da música com o próprio espaço do saguão que tem painéis do Burle Marx, que são marcos do modernismo no Brasil e muita gente passa por ali e não percebe a existência de algo tão iconicamente e artisticamente importante para a cultura brasileira como um todo. Então sugerimos este olhar e esta visita a outros espaços”, explica Abel Rocha.

Na visão do maestro titular, quem puder se deslocar até o local da apresentação terá a oportunidade de não apenas se deparar com uma apresentação musical, mas, aproveitar e conhecer toda a estrutura do Paço de Santo André – que, inclusive, terá atividades no estacionamento (Domingo no Paço).

“Propusemos a vinda das pessoas ao Paço e que possam olhar para ele de maneira diferente, não como lugar administrativo, mas em uma construção cultural. Uma das coisas mais lindas neste projeto do Paço é que, além de colocar (os prédios do) Executivo, Legislativo e Judiciário, que são entendidos como ‘os três grandes poderes da administração’, trouxe também a cultura, com o quarto prédio, que tem a biblioteca, a Secretaria de Cultura, o Teatro. Então é importante essa construção como demonstração de outro tipo de cidadania, civilidade, entender a cidade de maneira maior”, finaliza Abel Rocha.

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