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Voto nulo passou a ser uma opção

A polarização entre Bolsonaro e Lula chegou ao seu ponto máximo e estamos há poucos dias de definir quem será o vencedor desse embate e quem comandará o país pelos próximos quatro anos. A polarização passou por cima de qualquer um que tentou se colocar como uma terceira via.

Diante de um cenário muito consolidado, lideranças que se opunham à polarização tem flexibilizado às suas convicções e caminhado para um dos lados. Os governadores Zema, Rodrigo Garcia, Claudio Castro e Ronaldo Caiado optaram pelo Bolsonaro, além deles o Senador eleito Sérgio Moro deu um “cavalo de pau” retornou para o lado do presidente e já aparece de braço dado com ele. Ainda esta semana, artistas da música sertaneja demonstraram seu apoio ao candidato do PL. Já do lado de Lula, além dos apoios previstos como Ciro Gomes, Fernando Henrique Cardoso e Simone Tebet, nomes que surpreenderam o campo eleitoral também se posicionaram, como, João Amoedo, Pérsio Arida, Pedro Malan e Edmar Bacha.

Na minha avaliação, esses apoios tanto para um lado, como para o outro, não mudam muito o cenário, pois não acredito que exista alguma diferença evidente entre os dois candidatos. Quando tratamos do tema democracia, acredito que os dois representam um perigo, seja o Lula por um alinhamento ideológico e uma proximidade quase que fraternal com ditadores conhecidos, como Fidel Castro, Hugo Chaves, Evo Morales, Nicolas Maduro, Daniel Ortega, seja Bolsonaro por arroubos de insanidade se opondo de forma leviana contra os outros poderes, sinalizando que não aceitará o resultado das urnas e a última, sua sugestão de aumentar o número de ministros do supremo, prática já foi utilizada por ditadores em outras ocasiões.

No quesito corrupção a semelhança ultrapassam a casa dos bilhões, Lula é reconhecido como o chefe do maior esquema de corrupção do mundo, desviando bilhões de reais através de empresas estatais e esquema com grandes empreiteiras, além de esquema de corrupção através do BNDES em parceria com outros países e o instituto que leva seu nome. Já Bolsonaro se utiliza do orçamento secreto que já começou a ser investigado com esquemas de superfaturamento de procedimentos médicos em casos que mais parecem cenas da novela o Bem Amado interpretado por Paulo Gracindo.

Se a comparação for sobre administração, ficamos no mesmo cenário, nenhum dos dois conseguiram prover serviços públicos de qualidade, as condições de emprego e renda são terríveis, o crescimento econômico não evolui há gerações, índices de educação, segurança e saúde ratificam nossa posição de país subdesenvolvido.

Sendo assim, na minha visão, fica claro que o voto nulo é a melhor opção, um voto de protesto, um voto para deixar claro que esse caminho que a política está tomando não representa meus anseios, não é isso que quero para o meu país. Mas será que vai mudar alguma coisa? Eu acredito que sim. Políticos são sujeitos a tendências, se deixarmos claro que para nós ética, honestidade, coerência e valores são requisitos básicos para se ganhar uma eleição quem sabe influenciamos novos comportamentos.

No dia 30 de outubro, um saíra vencedor e independente do escolhido, não terá minha anuência e sim minha desconfiança e minha fiscalização.

Alan de Camargo: Empreendedor, Líder do Movimento Livres, RenovaBR e da Rede Global de Empreendedorismo em São Caetano, Colunista do Jornal Imprensa ABC, membro do Conselho Municipal de Desenvolvimento Econômico de São Caetano do Sul e membro do CID (UNESCO).

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