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Natal deve movimentar R$ 302 milhões no ABC

Após a recuperação de 2021 frente ao Natal de 2020, este ano a data deverá apresentar giro um pouco menor com compras de presentes no ABC paulista. Estima-se para os sete municípios da região uma movimentação econômica de R$ 302 milhões, ou queda nominal de cerca de 1%.  Se descontada a inflação de 5,88% dos últimos 12 meses até novembro, a redução real deve ser de 6,5%. 

O quadro reproduz o preço médio que consumidores do Grande ABC estão dispostos a pagar por presente neste Natal, que é de R$ 162,50. Comparado aos R$ 165,70 do ano passado, houve redução nominal de 1,95% e real de 7,4%, segundo a Pesquisa de Intenção de Compra (PIC) da Universidade Metodista de São Paulo. 

Apesar da redução da taxa nacional de desemprego para 8,3% em outubro comparativamente ao mesmo mês de 2021 segundo o IBGE, o rendimento real médio na Região Metropolitana de São Paulo encolheu 12,6%, situando-se em R$ 3.711. Já a massa de rendimento está 7,2% menor na mesma comparação. A este cenário se soma o elevado nível de endividamento e inadimplência das famílias, respectivamente de 79,2% dos brasileiros com dívidas a vencer e 30,3% com dívidas já vencidas, segundo dados de outubro da CNC (Confederação Nacional do Comércio e Serviços)   

“São fatores que ajudam a compreender por que o nível de movimentação financeira para compra de presentes está abaixo da média observada no período pré-pandemia, entre 2017 e 2019”, justifica professor Sandro Maskio, coordenador de Estudos do Observatório Econômico da Metodista. 

Com relação aos gastos totais planejados (presentes, passeio, ceia etc), os entrevistados pela PIC de Natal revelaram pretender desembolsar R$ 466,11. Em comparação com o gasto programado de R$ 558,80 no Natal de 2021, houve redução nominal de 16,5% e real de 21,23%. 

Presentes para os pais 

Os principais presenteados pertencem ao núcleo familiar, destacando-se as mães (22,6%), pais (15,7%) e irmãos (10,5%), seguidos dos filhos e casais (em torno de 9%) e os namorados (8,2%). Dentre os presentes mais procurados estão vestuários/calçados (30,7%), perfumes/cosméticos (21%), brinquedos (10,2%) e relógios/joia e bijuterias (6,3%). Esse ordenamento permaneceu estável em relação a 2020 e 2021. 

Os estabelecimentos preferidos para compras são os shopping centers (36,9%), seguidos do comércio formal do centro da cidade (25,6%). A Internet (23%), que em 2021 se mostrou a preferida de compras (29%), perdeu participação devido a redução dos níveis de contágio e dos casos graves provocados pela COVID-19, tornando o consumidor mais confiante a realizar compras presenciais. 

Veja a íntegra da PIC de Natal 2022 

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