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Santo André terá primeiro cemitério e crematório público animal do ABC

A Câmara Municipal de Santo André aprovou em segunda votação, o projeto de lei que autoriza a criação do cemitério e crematório animal no município e agora aguarda a sanção do prefeito Paulo Serra. De autoria dos vereadores Dra. Ana Veterinária e Eduardo Leite, o equipamento será o primeiro do tipo em toda a Região Metropolitana.

“Atualmente, animais domésticos são considerados membros da família, principalmente os cães e gatos, com quem mantemos estreitos vínculos afetivos. Quando um deles vem a falecer, além do sofrimento da perda, muitas pessoas se desesperam sem saber para onde destinar o seu bichinho”, explica Dra. Ana Veterinária.

Além da questão emocional, também existe a preocupação com o impacto ambiental provocado pelo descarte ou sepultamento incorreto do pet, que aumenta o risco de contaminação do solo e das águas superficiais e lençol freático, que podem se transformar em vetores e transmitir doenças para os seres humanos.

“Às vezes, as pessoas desejam enterrar os seus companheiros de estimação em seus próprios jazigos, sem encontrar respaldo legal para isso. Ter um cemitério animal na cidade vai proporcionar tranquilidade aos tutores, por saberem que eles estarão em um lugar apropriado, com identificação em forma de lápide, podendo prestar homenagens e visitá-los”, diz a vereadora.

O cemitério e crematório animal serão destinados ao sepultamento de animais domésticos de pequeno e médio porte, que tenham até 1,0m (um metro e cinquenta de altura), mas não exclusivamente cães e gatos. Os tutores deverão arcar com as despesas, com exceção daqueles que comprovem que não tenham condições de custear o serviço.

“O nosso país tem a maior segunda população de animais domésticos do mundo e, por todos os vínculos afetivos criados em vida, eles merecem um sepultamento digno. Saúde humana e animal, como eu sempre digo, caminham juntas”, finaliza.

Números

Segundo o Censo Pet, realizado pelo Instituto Pet Brasil e com base no ano de 2021, o país superou a marca de 149 milhões de animais de estimação, registrando um aumento de mais de 5 milhões em relação a 2020, com cerca de 53% dos lares do país com, pelo menos, um cão ou gato. A tendência é registrada no mundo inteiro desde o início da pandemia, com a quarentena como principal fator, com cada vez mais pessoas buscando a companhia de um animal de estimação.

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