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Prefeito Marcelo Oliveira fala sobre obras, segurança e política

Em entrevista exclusiva ao Jornal Imprensa ABC na última quinta-feira em seu gabinete, o prefeito Marcelo Oliveira falou sobre as obras que acontecem em toda a cidade desde o início de seu mandato, as entregas, a perda de ICMS, sua parceria direta com o Governo Federal e as mentiras divulgadas pelo ex-prefeito Atila Jacomussi.

Jornal Imprensa ABC: Dentro do projeto inédito de obras que a cidade está passando, quantas obras foram concluídas?

Marcelo Oliveira: Nós entregamos o CRAS Falque, o novo Centro POP, com espaço pet, internet, escola do EJA, 24 horas 7 dias da semana, fizemos o novo Centro de Proteção Animal que antigamente eram 3 salinhas, e hoje só a recepção é maior que as 3 salas, entregamos o campo de futebol sintético do Itapeva, entregamos a obra da Itaparica com um recurso do Governo Federal, de muros de contenção e de urbanização do local, até com playground para as crianças. Entregamos entrada e saída no Zaíra que 40 anos as pessoas esperavam que acontecesse essa abertura, fizemos abertura e saída de uma área onde temos várias empresas e todo dia fica travado e com essa obra melhoramos o fluxo de veículos no horário de pico, entregamos a nova sede da Guarda Municipal e da Mobilidade Urbana. Além das construções fizemos as reformas das 10 UBS’s, de 30 escolas, mexemos na UPA do Jardim Zaíra. E temos muitas obras em andamento.

Jornal: O centro da cidade está ganhando um novo visual devido as obras da Rodoviária. Qual o prazo da finalização?

Marcelo Oliveira: A nova Estação é uma obra grande, com investimento em média de R$ 60 milhões em parcerias público-privada, e temos a expectativa que no ano que vem possamos entregar a parte do sistema do transporte coletivo, e a parte das lojas em cima pode demorar um pouquinho mais, a preocupação nossa é que o mais rápido possível possamos ter a parte de baixo do sistema.

Também a passarela, nela aconteceu um incidente onde cedeu uma rampa, já fizemos o reparo e reabrimos a passarela e estamos preparando uma licitação para que possamos fazer uma reforma na questão de pintura da parte da pintura, e provavelmente no final do ano ela esteja em uma condição melhor. É bom destacar, que tivemos a opção de abrir a passarela mesmo sem ter concluído a reforma porque ela está segura, e quem da nossa população que tem atravessado da Capitão João para o outro lado do terminal, através do Viaduto Mário Covas nós fizemos uma adaptação para ter segurança, mas a passarela é muito mais segura onde estava sendo realizada, então por isso fizemos a opção de abri-la antes de concluir a reforma do local que ainda está em manutenção, e tem uma necessidade de trocar parte do telhado em alguns lugares.

Tem uns 3 meses ainda para a licitação sair, a tendência é que no começo do ano ela seja entregue.

Jornal: Sobre o recapeamento em várias ruas, qual o prazo para a entrega dos serviços e quais os próximos bairros beneficiados?

Marcelo Oliveira: Nós recapeamos praticamente este ano todo, e ainda vai o ano que vem inteiro porque não é pouca coisa, nós devemos passar dos 100km de recape, por isso estamos dizendo que é o maior programa de asfaltamento novo da história da cidade de Mauá. Estamos fazendo hoje a João Ramalho x Capitão João que é a divisa de Santo André com Mauá até a divisa de Ribeirão Pires com Mauá, vamos começar a realizar a Benedito Franco da Veiga que é uma via principal ali no eixo Barão, fizemos a Zina Batane que é uma rua principal no Itapark, depois nós vamos fazer a Castelo Branco, no Zaíra. Temos várias ruas principais e dentro dos bairros que passarão por recape. Não temos previsão de término, mas todos os dias temos uma rua sendo recapeada.

Jornal: Sobre o lançamento da Muralha de Segurança – já há algum resultado positivo neste período?

Marcelo Oliveira: A Muralha foi lançada semana passada. Todas as entradas e saídas da cidade agora estão sendo monitoradas pelas câmeras. Temos também além disso as câmeras que são dos radares que estão interligadas também. Iremos interligar as câmeras das escolas e também criamos um aplicativo para a mulher que esteja em situação vulnerável, onde além de ter feito o boletim de ocorrência, esteja com medida protetiva, ela pode através de um link entrar em contato com nossa central de monitoramento e avisar o policiamento mais próximo em caso de ameaça.

Nessa central de monitoramento a gente consegue saber também onde estão nossas unidades da Guarda Municipal. Como a Polícia Militar concordou em estar junto conosco, provavelmente em breve teremos as unidades deles que estão mais perto para atender o mais rápido o possível. Também conseguimos trocar informações com as cidades que tem o mesmo sistema que o nosso.

Jornal: A GCM teve formatura de 96 integrantes, o que isso influencia na segurança?

Marcelo Oliveira: Pela primeira vez na história de Mauá tivemos uma formatura de tantos guardas de uma vez só. Foi uma formatura emocionante, porque é um período longo, de médio prazo para a formação desses novos guardas, que é importante destacar que dos 96, metade são mulheres. É importante para a cidade, que tem em média de 212 guardas no efetivo e quando você amplia em 96, é quase metade do que já tinha. Então hoje temos uma condição de avançar mais no trabalho de prevenção. Também quero destacar a política de integração das polícias Militar, Civil e Guarda Municipal e isso com certeza vai nos ajudar bastante.

Jornal: Sobre a perda da receita do ICMS, como vai influenciar nas contas da prefeitura, e se o Estado vai dar alguma contrapartida igual o Governo Federal.

Marcelo Oliveira: Enviamos semana passada através do Consórcio Intermunicipal um ofício para o Governo do Estado com a preocupação da questão do ICMS. Por exemplo, a cidade de Diadema e a cidade de Mauá tem mais ou menos o mesmo perfil e temos a previsão de quase R$ 50 milhões a menos do que poderíamos ter arrecadado. Enviamos um ofício para verificar se teremos alguma compensação nessa condição. O Governo Federal já anunciou que do fundo de participação de município nenhum irá receber menos que no ano passado e aprovou também uma compensação para o ICMS nos estados. Mas não sei ainda qual será o recurso para o Estado de São Paulo. Estamos aguardando agora uma resposta do Estado para que possamos ter essa compensação. Claro que com uma perda desse tamanho, precisamos ter criatividade para organizar o orçamento e também dialogar com os entes federativos – Estado e Governo Federal – e é o que a gente tem feito. Estive em Brasília esta semana, e semana que vem estarei de novo, para que nós possamos ter recursos para compensar esta situação. Até agora não atrasamos nada.

Jornal: Como o Sr. vê a movimentação política pela oposição visando as eleições municipais?

Marcelo Oliveira: Vejo como natural. Tem um ano para as eleições e as forças políticas estão se movimentando, umas nos procurando outras trabalhando para fazer a disputa conosco. Nisso tem um detalhe importante falar, onde o ex-prefeito tem andado na cidade mentindo para cima e para baixo, e temos como provar na hora que encontrá-lo, se ele quiser os documentos entregamos para ele. Dizer que está trazendo a UPA pro Santa Lidia, e eu fui conversar com o Governo Federal a respeito dela, com a ministra e com o presidente.

Essa forma de política para mim está ultrapassada, jamais faria isso – nunca fiz. Tirando isso, dos acontecimentos que temos visto pela cidade, não tem nada de anormal. É natural começarem a se organizar, uns conosco apoiando nossa reeleição e outros para fazer a oposição.

Considerações

Primeiramente gostaria de agradecer toda a população de nossa cidade, trabalhadora e honesta, que vem cada vez mais aumentando sua auto estima de morar aqui na cidade de Mauá, que passou por momentos difíceis em um desgoverno onde a cidade só aparecia na televisão com manchetes ruins, prefeito preso, prefeito solto, e isso atrapalhou muito.

A cidade ficou com uma instabilidade política e financeira muito grande, e na sequência veio a pandemia que atingiu o mundo inteiro e aqui em Mauá não foi diferente. A população lutou muito na pandemia para conseguir ultrapassar este momento tão difícil.

Hoje nós já aplicamos mais de 1.200 milhão de vacinas e a população em nossa cidade ainda usa a máscara se desejar, mas já conseguiu voltar a trabalhar, estudar, realizar suas atividades normais e agora estamos no momento de reconstrução, e das obras acontecerem, com a construção de postos de saúde, escolas, campos de futebol, praças esportivas, asfaltamento de vias, muros de contenção, além de um trabalho social no Centro POP, no nosso albergue, da assistência social, fundo social de solidariedade, a secretaria de segurança alimentar tem nos ajudado muito, onde melhoramos o valor da refeição. Então o que tenho a dizer é o agradecimento a toda a população que participou, entendeu, que vai nas reuniões do orçamento participativo, que agora estamos fazendo com participação popular, que vai lá, reivindica, dá suas ideias e muitas das obras que estão sendo realizadas foram fruto dessas conversas.

É um agradecimento a todos da nossa cidade e que a gente possa cada vez mais continuar trabalhando para melhorar a qualidade de vida de nosso povo que tanto precisa. E estamos fazendo isso com todos os desafios que temos. E pode esperar que a cidade vai ficar cada vez melhor. Não só na infraestrutura, mas bonita.

Nossas praças hoje estão bem cuidadas, as pessoas podem observar que estamos plantando flores e cuidando, para ajudar a resgatar a auto estima do nosso povo. Quero agradecer a oportunidade para dizer à nossa população que nós temos muito a crescer, com muita esperança e perseverança.

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