Em assembleia realizada no dia 26 (quinta-feira), na fábrica da General Motors de São Caetano do Sul, funcionários (as) decidiram pela continuidade da greve iniciada na segunda-feira (23), nas unidades da empresa em São Caetano do Sul, Mogi das Cruzes e São José dos Campos, contra a forma arbitrária que a GM demitiu centenas de trabalhadores (as) – pais e mães de família – através de telegrama sob a alegação de queda nas vendas de veículos, porém sem sequer abrir negociação com os respectivos sindicatos.
A luta pela revogação das demissões na GM continua firme e a cada assembleia fica visível a disposição dos trabalhadores (as) em vencer essa batalha visto que é do interesse de todos.
Em sua fala na porta da empresa, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, presidente do sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano do Sul, fez um balanço do movimento grevista iniciado na segunda-feira (23) apresentou uma série de ações que vem realizando junto aos governos federal, estadual e municipal, inclusive no âmbito da Justiça do Trabalho, visando reverter as demissões.
“Estive com o Secretário da Fazenda do Estado de São Paulo e pedi que suspenda os subsídios que o governo estadual oferece à GM até que haja a revogação das demissões. O mesmo irei cobrar do prefeito de São Caetano, José Auricchio, assim como do governo federal”, afirmou o Cidão.
Por ocasião da assembleia e em ato simbólico, trabalhadores (as) penduraram uniformes da empresa em frente à fábrica, simbolizando a defesa dos seus empregos.
As demissões surpreenderam a todos, visto que na mesma data, empresa apresentou superávit de vendas com relação ao último trimestre na ordem de 13 bilhões de reais.