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O Brasil é um paciente na UTI

Turista argentina é morta a facadas em trilha da praia selvagem de Búzios. Três médicos foram mortos em um quiosque na Barra da Tijuca. Em Copacabana, idoso é agredido até desmaiar por assaltantes e grupo de justiceiros persegue e agride homem, que havia deixado o presídio horas antes.

A zona sul do Rio de Janeiro vive uma crescente onda de assaltos, furtos e arrastões em Copacabana, um dos bairros mais tradicionais da cidade. Com o intuito de se “vingar” dos criminosos, um grupo, denominado “justiceiros”, foi criado para sair às ruas e enfrentar possíveis assaltantes.

A falta de segurança pública no Brasil é séria. Por exemplo, o RJ há muito tempo está sob o comando das organizações criminosas, que transformaram a cidade em ambiente hostil de insegurança total. Na Bahia, como de resto no país, as legiões de traficantes e congêneres perderam o medo e cometem todo o tipo de barbaridade.

O Brasil é um paciente na UTI. Ninguém toma providência para minimizar a falta de segurança. Mata-se como se pisa em um inseto no chão. As leis penais são benevolentes demais com os criminosos. Não se tem a quem apelar. Paga-se imposto escorchante e não se tem retorno em serviços públicos de qualidade, mas os políticos, como os presidentes e ex-presidentes da República, inclusive os cassados, têm segurança para si e família.

O país é vítima da incompetência dos ex-presidentes da República e do atual. Todos jamais se preocuparam substantivamente com a falta de segurança pública do país, que pode ser considerada hoje como o problema mais grave da nação.

A preocupação não fazia parte das prioridades dos candidatos à presidência do país. Ora, sem segurança pública, os brasileiros ficam limitados no seu direito constitucional de ir e vir, de trabalhar, de estudar, de ir ao médico, inclusive de estar seguro dentro de suas casas.

Por outro lado, temos uma Polícia ou Justiça, que prende e logo manda soltar, e um conjunto de leis penais benevolentes com os criminosos, tanto que os delinquentes não têm mais medo de serem presos. E quando estão presos, dão ordens de dentro das cadeias para os seus comparsas cometerem delitos.

Enquanto isso, gastam-se rios de dinheiro com a ilha da fantasia Brasília, com os altos salários e mordomias dos congressistas, com a segurança dos presidentes e ex-presidentes da República, inclusive os cassados. Mas com a segurança dos brasileiros, contribuintes potenciais, os governos e políticos pouco se preocupam.

Júlio César Cardoso – Servidor federal aposentado

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