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E a luta continua…

Hoje é 8 de março, Dia Internacional da Mulher. Mais que flores e felicitações pela data, as mulheres precisam de respeito. Precisam ser ouvidas.

Segundo o último Censo Demográfico realizado no país, em 2022, a população nacional consiste em 51,5% de mulheres, o que corresponde a algo em torno de 6 milhões de mulheres a mais do que homens.

Mas quantas em cargos de liderança nas empresas? Ou então na política, onde ainda buscam seu espaço para conseguir a representatividade que merecem? Até mesmo no universo esportivo, ainda vemos o preconceito de forma exagerada, principalmente no futebol, onde atletas, árbitras e jornalistas são alvo de críticas acima do tom, em maior número geralmente pelo público masculino.

Até quando ainda veremos mulheres realizando jornada dupla – no escritório e em sua casa, com tarefas domésticas -, sem o devido reconhecimento?

Ou então, quando elas atingem determinado sucesso, acabam virando alvo de falas e atitudes pejorativas? Julgamentos desiguais, enraizados na sociedade em geral, com influência cultural, estruturada e repetida no decorrer da história.

É incrível como é difícil ser mulher.

Quando falamos em segurança à elas, a situação piora. Nem dentro de casa elas tem paz. Segundo levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, desde 2015 mais de 10,5 mil mulheres foram vítimas de feminicídio em nosso país. Se contarmos os casos não denunciados, esse número crescerá consideravelmente. Isso porque muitas tem dificuldades em reconhecer a violência que estão sofrendo ou recebem intimidações e receios em relação ao agressor, vergonha e culpa, bem como a dependência financeira do agressor. Além disso, tem temor de não serem acreditadas ou de reviver a experiência traumática, devido a incerteza e desconfiança em relação ao tratamento dispensado pelas instituições responsáveis pelo combate à violência contra a mulher e aos resultados do processo judicial.

E tudo já falado neste editorial ainda é pouco.

Precisamos evoluir muito enquanto sociedade, para entender que não deveria haver diferenças nem preconceitos entre homens e mulheres.

E que essa luta será árdua, mas temos esperança de que um dia todos serão tratados como iguais, sem distinção de sexo ou outra qualquer.

Seguimos à luta!

A direção.

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