Coordenadoria de Juventude de Diadema participou do processo e aguarda definição das ações a serem implantadas na região
O Plano Juventude Negra Viva (PJNV), lançado semana passada pelo Governo Federal, busca a redução das vulnerabilidades que afetam a juventude negra brasileira e a violência letal alicerçada no racismo estrutural. É o maior pacote de políticas públicas para a juventude negra da história do país, com um investimento de mais de R$ 600 milhões. Construído com a participação de 18 ministérios, o PJNV terá ações nas áreas de segurança, educação, saúde, assistência social, esporte, meio ambiente entre outras.
A partir de um processo democrático de ampla participação, o PJNV foi construído com a escuta de aproximadamente 6.000 jovens negros e negras, durante a realização das Caravanas Participativas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal. Há quase um ano atrás, a Coordenadoria de Políticas Públicas da Juventude de Diadema (CPPJ) esteve na Caravana São Paulo, que aconteceu em maio.
“Foi um momento histórico poder participar de algo assim, poder representar um pedaço da Juventude do ABCDMRR Paulista, poder contribuir e saber que Diadema esteve ali,” comentou a coordenadora Rafaela Boani. “O Plano Juventude Negra Viva representa a maior parcela de pessoas no Brasil, negros e negras e que têm muitas vezes seus sonhos roubados pela injustiça, pelo violência e pelo racismo estrutural que ainda viceja em nosso país, mas com esse plano temos esperança de ações concretas com o objetivo de reduzir a letalidade e as vulnerabilidades que os atingem.”
Diadema possui diversas ações para combater o racismo estrutural e conta com a Coordenadoria de Promoção da Igualdade Racial (CREPPIR), que mantém uma ouvidoria para denúncias de racismo, faz trabalhos de formação e sensibilização, fiscaliza e aplicação do Plano Municipal de Promoção da Igualdade Racial, atua fortemente na educação municipal e lutou junto com a sociedade civil organizada para instituir o Dia Municipal da Luta Contra o Encarceramento da Juventude Negra.
“Todas essas ações foram levadas ao PJNV e tenho certeza que serão somadas às ações espalhadas por todo o país, para que possamos continuar a lutar e resistir por um país mais justo, igualitário e sem racismo,” concluiu Rafaela.