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Aumento no salário do prefeito é aprovado em São Caetano

Câmara aprova aumento de 76% na remuneração do chefe do Executivo; salário passará de R$ 20 mil para R$ 35 mil

Por 15 votos a 3, a Câmara de São Caetano aprovou na última terça-feira (18) o projeto que prevê aumento de 76,31% nos salários do prefeito, vice-prefeito e secretários municipais. Agora, o reajuste aguarda o sancionamento por parte do então prefeito, José Auricchio Jr. (PSD). Se aprovado, passará a valer a partir de 2025, quando se inicia um novo mandato municipal.

O projeto, de autoria da Mesa Diretora do Legislativo, prevê reajustes no salário do prefeito – que passa de R$ 20 mil à R$ 35.262 mil -, do vice-prefeito – de R$ 10 mil vai à R$ 17.631 -, e do secretariado – que sobe de R$ 19 mil para R$ 33.498,90. As correções atribuídas na peça, segundo a autora do texto, são devido o fato do último reajuste ter sido aplicado em 2013 e, de acordo com o documento, a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) até 2024, é de R$ 88,81%.

Atualmente, os gastos com os salários do Executivo custam aos cofres municipais aproximadamente R$ 4,7 milhões anuais, com a aprovação deste aumento, o gasto subirá para R$ 8,2 milhões, gerando aumento de R$ 3,5 milhões, sem levar em conta impactos nos vencimentos de comissionados, baseados na remuneração do prefeito.

Entre os votos favoráveis a este aumento, consta o do vereador e pré-candidato à prefeito apoiado por Auricchio, Tite Campanella (PL) que em 2023, foi contra o projeto de aumento de 45% nos salários dos vereadores. Além dele, vereadores da base do pré-candidato à prefeito Eduardo Vidoski (PRD), também foram a favor do reajuste. Os votos contrários, foram dos vereadores que fazem parte dos grupos de oposição municipal, Bruna Biondi (Psol), Edison Parra (Podemos) e Ubiratan Figueiredo (União Brasil). Pio Mielo (PSD) não participou da votação por ser o presidente da Câmara Municipal.

Repercussão

Nas redes sociais, alguns dos pré-candidatos à prefeito do município se manifestaram a respeito da aprovação.

Fabio Palacio (Podemos) se comprometeu a devolver o aumento à instituições sociais da cidade, para que utilizem em benfeitorias à população.

Já Mário Bohm (Novo) declarou ser uma afronta aumentar o próprio salário sendo que os servidores públicos municipais estão com os reajustes atrasados.

Para o Professor Rafinha (Psol) o impacto deste aumento é um absurdo, visto que para os servidores públicos o aumento foi de apenas 4,5%.

Jair Meneguelli (PT) disse que o aumento demonstra total desprezo e desrespeito da administração municipal junto a sua classe trabalhadora, já que para o primeiro escalão está previsto aumento de 76% enquanto para os servidores públicos o reajuste foi de apenas 4,5%.

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