Município saltou de R$ 1,6 bilhão para R$ 3,3 bilhões em apenas 6 anos
Mais R$ 3 bilhões em dívidas, atrás apenas do Rio de Janeiro. São Bernardo é a cidade que tem a segunda maior dívida líquida do Brasil atualmente, de acordo com levantamento do Tesouro Nacional.
Desde o início da gestão do prefeito Orlando Morando (PSDB), em 2017, a dívida consolidada do município mais que dobrou, passando de R$ 1,6 bilhão para R$ 3,3 bilhões seis anos depois.
Segundo o Tesouro Nacional, os dados relativos à dívida mostram um aumento gigantesco no passivo de contribuições previdenciárias. Saltou de R$ 12 milhões em 2017 para os atuais R$ 776 milhões em 2024, um aumento de quase 50 vezes.
O pré-candidato à Prefeitura de São Bernardo pelo PT, Luiz Fernando, destaca sua preocupação com a atual situação financeira da cidade. “Não há dúvidas de que esta é a herança que o atual prefeito deixará para o próximo gestor resolver”.
Segundo a Prefeitura, os valores referem-se a empréstimos realizados para investimentos na cidade. No entanto, nos últimos anos, São Bernardo tem visto obras, na maioria das vezes, apenas de recapeamento asfáltico e construção de praças-parques.
Há muitas críticas da população envolvendo a falta de médicos (com espera superior a seis horas nas UPAs e hospitais), altos índices de criminalidade e ausência de projetos esportivos, culturais e destinados às crianças e adolescentes.
Venda desenfreada de imóveis
A Prefeitura, na tentativa de minimizar o grande rombo financeiro, começou a vender imóveis públicos nos últimos dois anos, especialmente para empresas da construção civil. Vereadores da oposição criticam a medida, já que os valores não ajudaram a abater a dívida bilionária.
Foram vendidas, por exemplo, as antigas sedes das secretarias de Serviços Urbanos, Finanças, e Educação, Centro de Reflexão de Trânsito e outras dezenas em áreas nobres do município.