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Peça teatral sobre a valorização da ancestralidade chega à Diadema

Dirigido por Marina Esteves, o espetáculo também contou com banda ao vivo e duas intérpretes de Libras

“Me inspirei a me aceitar do jeito que sou e sempre buscar referências de mulheres negras para procurar a independência da minha vida!”. Essa fala da estudante Ana Clara Lima, de 10 anos, resumiu a peça “Zebra Sem Nome”, que convida os espectadores a conhecerem a história desse animal que decide ir atrás de suas origens e do seu valor na sociedade. A apresentação aconteceu no Teatro Clara Nunes, em Diadema, nessa terça-feira, 06 de agosto, às 14h30. Os alunos do 3º ano do ensino fundamental da EMEE Olga Benário Prestes também foram prestigiar o evento.

Ana Clara não foi a única criança impactada pela mensagem da montagem teatral. O estudante Fernando Lopes Silva, de 9 anos, também refletiu sobre a busca para se honrar cada vez mais. “Foi muito legal, principalmente quando a Zebra vai em busca de sua identidade e passa por vários lugares. É uma lição para a gente se valorizar mais”.

Dirigido por Marina Esteves, o espetáculo narra a história de uma Zebra Negra e sem identidade, que mora na África, e percebe que não tem consciência de sua ancestralidade devido a um acidente fatal envolvendo seus familiares. Em busca de seu passado, passa por diversos locais e situações para provar seu valor e acaba se inspirando nas trajetórias  de figuras pretas e revolucionárias para a história do entretenimento, como a jornalista Glória Maria e a artista de circo Maria Elias Alves dos Reis.

A atriz principal da produção, Joy Catharina, que dá vida à Zebra, contou sobre a importância de apresentar essa abordagem para as novas gerações. “Queremos que as crianças se identifiquem com o propósito da apresentação e que comecem a valorizar o seu passado”, afirmou. “Às vezes, só sabem o passado de seus pais e nada mais. Então, é importante incentivá-las a saberem mais sobre as suas raízes, para que os costumes positivos se mantenham de geração em geração”, complementou.

A apresentação também contou com duas intérpretes de libras.  De acordo com a produtora do espetáculo, Katia Manfredi, deixar a peça acessível a todos os públicos foi uma prioridade do espetáculo. “Muitas crianças e até mesmo os adultos são surdos ou têm baixa visão, o que não permite um aproveitamento integral do momento. Por isso, queríamos deixar a peça mais acessível para todos e também mostrar a importância dessa forma de comunicação para a criançada”.

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