A vida é complexa e é assim pela sua diversidade de oportunidades plenas para viver e aprender, com desafios, surpresas, benevolências, tristezas, alegrias. Tudo seguindo um ritmo compassado, sem nada para tirar nem por.
Mas nem sempre vivemos, embora o coração continue batendo e a respiração se nota. No físico estamos vivos, mas a alma mergulha num abandono sem piedade quando negamos oportunidades que não esperávamos, quando recusamos viver o que nos coloca em conflito, o que nos impele a lutar ou fazer escolhas, às vezes duras, mas necessárias. Quando afastamos quem não entendemos ou preconceituosamente rejeitamos. Quando dizemos palavras venenosas e pungentes para dilacerar um coração, por cólera ou orgulho. Quando abandonamos por medo de encarar o que nos parece perigoso e não enxergamos ali mais uma chance de evoluir e sair da mesmice neurotizante.
Desorganizamos a vida com olhar egoísta e por isso míope. Tanto para viver, conhecer, aprender, por que então negamos o banquete generoso que nos é oferecido por puro amor? A vida é tecida com fios amorosos em toda manifestação! O amor impera nas circunstâncias, sejam agradáveis ao nosso ego ou não.
O que vale não é exatamente o que preferimos, mas o quanto conseguimos crescer na diversidade, generosamente posta, para morrermos melhores do que quando chegamos a este mundo tão bem construído e amado. Para que possamos, cada vez mais, manifestar o belo e nobre do humano em nós. Sempre que destruímos novas vivências, por não identificarmos sua importância perdemos o momento precioso.
Vivamos o que surge, isto é Vida!