Chegou à Casa do Olhar Luiz Sacilotto (Rua Campos Sales, 414 – Centro – Santo André) a exposição “Uma ruína paulista/vocabulário de trabalho”, da artista visual paulistana Erica Ferrari, com obras inspiradas na arquitetura, arte e história do Museu Paulista, também conhecido como Museu do Ipiranga.
A mostra segue aberta à visitação de 10 de setembro a 12 de outubro, das 10h às 17h.
A lembrança da primeira visita de Erica ao Museu do Ipiranga na infância e a complexidade e o detalhamento do processo de restauração e ampliação do edifício histórico, somados ao interesse da artista pela importância do equipamento na formação da identidade brasileira, formaram a base da pesquisa e resultaram em inspiração para as obras confeccionadas a partir de despejos da construção civil, objetos de escavação, cimento e tecido.
Nos últimos anos, Erica Ferrari produziu objetos e instalações a partir de pesquisa em torno das relações entre o fazer escultórico, a prática social, a arquitetura e as condições históricas de diferentes cidades.
Entre as exposições individuais que realizou estão Estudo para Monumento (2017), na Funarte, em São Paulo; Has always been dystopia (2019), na XPO Gallery, na Holanda; Memory-Lab Pavilion (2022), na Bélgica, e Letter of Time, The Mill at Vicksburg, nos Estados Unidos (2023).
Entre as mostras coletivas estão InterAKTION 25 years of the German Reunification/30 years of the end of the Dictatorship in Brazil (2015), na Alemanha; 32ª Bienal de Arte (2017), no International Centre of Graphic Arts, na Eslovênia; Novas Efervescências (2019), no Espaço Cultural Porto Seguro, em São Paulo; O que não é floresta é prisão política (2018/2019), na Ocupação 9 de Julho MSTC, em São Paulo, e Casa Carioca (2020/2021), no MAR (Museu de Arte do Rio de Janeiro).
É doutoranda pelo Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAUUSP) e mestre pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA USP). Dentre as premiações, recebeu o prêmio “LIAEP – Lighton International Artists Exchange Program” (2020), prêmio “Território Livre: marcos de memória” na UnB (Universidade de Brasília) (2020); prêmio Funarte de Arte Contemporânea (2015), do Ministério da Cultura, e prêmio do “Programa de Ação Cultural PROAC” da Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo.