Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 terminaram com uma campanha histórica para o Brasil. A delegação brasileira bateu recordes paralímpicos, mundiais, de pódios e de medalhas de ouro, com direito a mais duas no último dia de competição. A cerimônia de encerramento, na qual o Brasil teve como porta-bandeiras os campeões paralímpicos Carol Santiago, da natação, e Fernando Rufino, da canoagem, foi realizada no último domingo (8), no Stade de France, na capital francesa.
O Brasil terminou em quinto lugar no quadro de medalhas com um total de 89 pódios. Esta foi a meta estabelecida pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) em 2016, no Rio de Janeiro, mas não foi alcançada. No planejamento estratégico feito em 2017, e revisado em 2021, colocava a meta entre 70 e 90 medalhas e o Top-8 em ouros, o que foi conquistado e até ultrapassado em Paris.
“Em cada brasileiro, hoje, pulsa um coração paralímpico, então, eu quero agradecer demais o empenho, os jogos foram extensos. Resultados tão extraordinários proporcionados pelos nossos atletas aqui. O resultado dos Jogos Paralímpicos foi excepcional, mas não dá para falar sobre esse resultado sem voltar a 2017, quando a gente elaborou o nosso plano estratégico e que foi uma bússola ao longo dos últimos oito anos, foi ele quem nos guiou até aqui”, disse Mizael Conrado, bicampeão paralímpico como jogador de futebol de cegos (Atenas 2004 e Pequim 2008) e presidente do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB).
“O Brasil me deu muito orgulho aqui em Paris. Uma campanha com 89 medalhas, 25 de ouro, 26 de prata, 38 de bronze. Uma campanha que poderia ter sido ainda melhor. Basta a gente lembrar que perdemos duas provas por dois centésimos. Eu não consigo nem ter ideia de quanto é dois centésimos. Então, é realmente uma campanha irretocável, maior quantidade de medalhas no total, maior de ouro, número total de medalhas, de 72 para 89, nossa meta era de 75 a 90”, disse Mizael.
Top-5 pela primeira vez
Pela primeira vez na história o Brasil encerrou entre os cinco melhores dos Jogos Paralímpicos no quadro de medalhas.
Foram 25 ouros, o que deixa o país atrás apenas de China (94), Reino Unido (49), Estados Unidos (36) e Holanda (27).
No total de pódios, só três países conquistaram mais que o Brasil, que teve 89: China (220), Grã-Bretanha (124) e Estados Unidos (105).
Medalhas inéditas
O Brasil ampliou a diversidade de medalhas com três modalidades que nunca tinham alcançado pódio.
No badminton, o paranaense Vitor Tavares conquistou o bronze na classe simples SH6. No tiro esportivo, o paulista Alexandre Galgani conquistou a prata na classe R5 carabina de ar 10m, posição deitado misto SH2. E no triatlo, o paranaense Ronan Cordeiro conquistou a prata na classe PTS5.