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Taka repete 1º turno, omite gastos no 2º turno e reforça risco de ficar inelegível

Candidato do MDB segue sem declarar despesas de campanha, apesar de, nas ruas, mostrar estrutura gigante; ele já responde na Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico

Candidato do MDB à Prefeitura de Diadema, Taka Yamauchi repetiu o expediente adotado no primeiro turno e escondeu as despesas de campanha no segundo turno da corrida eleitoral na cidade. Taka é investigado por abuso de poder econômico por infringir vários dispositivos da Lei Eleitoral na etapa inicial do pleito, correndo risco de ficar inelegível.

No primeiro turno, Taka passou praticamente toda a campanha sem informar as despesas no processo eleitoral. Mesmo diante de uma campanha visualmente rica, com centenas de windbanners, vários caminhões de som, pessoas contratadas para panfletar e segurar bandeiras, além de divulgar outros materiais publicitários, Taka ficou 43 dos 45 dias sem relatar as despesas.

O relatório só foi tornado público no dia 5, véspera do primeiro turno. Pela Lei Eleitoral, ele deveria ter relatado parcialmente suas despesas no dia 13 de setembro.

Taka foi processado – e o caso corre na Justiça Eleitoral – por abuso de poder econômico. A peça, assinada pela Coligação Tamo Junto Diadema, está em trâmite em Diadema e sob apreciação do Ministério Público.

A representação judicial identificou a existência de ao menos 382 windbanners, cujo valor unitário é de R$ 137, outros 45 caminhões de som. Há também a comprovação de distribuição de ao menos 39.500 panfletos, de locações de espaços para montagem de comitê, confecção de adesivos e até mesmo gastos com impulsionamento de conteúdo nas redes sociais.

Outro apontamento é com relação à suspeita de uso de estrutura da Prefeitura de São Paulo, como carros oficiais, para a campanha de Taka em Diadema. O candidato foi presidente da SPObras, autarquia da Prefeitura paulistana, antes de deixar o cargo para concorrer às eleições.

Chama atenção, neste segundo turno, que o maior gasto eleitoral de Taka é de um aluguel de um imóvel em Diadema. Apesar do volume publicitário nas ruas, não há registros consideráveis na prestação de contas presentes no site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

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