Taxa de desemprego do ABC se reduz pelo segundo mês consecutivo

Taxa de 10,2% é a menor para agosto de toda a série da PED

A taxa de desemprego total na região do ABC diminuiu de 10,8%, em julho, para 10,2% em agosto, atingindo o menor valor para o mês de toda a série da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED/ABC) realizada pela Fundação Seade e pelo Dieese, em parceria com o Consórcio Intermunicipal Grande ABC. O levantamento mensal mostrou também que o nível de ocupação se elevou nos Serviços e na Indústria de Transformação, reduzindo-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas. A pesquisa foi divulgada nesta quarta-feira (26), na sede do Consórcio.
Na PED de julho a taxa de desemprego já havia apresentado leve queda, passando de 11,2% em junho para os 10,8% agora também reduzidos. A PED de agosto também apontou crescimento dos empregos assalariados no setor privado com ou sem carteira assinada. Aumentaram os rendimentos de ocupados e assalariados em julho, ao mesmo tempo em que as massas de rendimentos de ambos permanecem superiores às de julho de 2011.
Em agosto, o contingente de desempregados na região foi estimado em 146 mil pessoas, 7 mil a menos do que no mês anterior. Esse desempenho foi resultado da geração de 25 mil postos de trabalho (2,0%), número superior ao de pessoas que ingressaram na força de trabalho da região (18 mil, ou 1,3%). A taxa de participação aumentou de 61,2% para 61,9%, no período em análise.
Entre julho e agosto, a taxa de desemprego total apresentou comportamento diferenciado nos demais domínios geográficos para os quais os indicadores da PED são calculados: aumentou na RMSP (de 11,1% para 11,6%) e no Município de São Paulo (de 10,5% para 11,4%); e manteve-se em relativa estabilidade nos demais municípios da RMSP, exceto a capital (de 11,9% para 11,8%).
Na Região do ABC, em agosto, o nível de ocupação aumentou 2,0%, e o contingente de ocupados foi estimado em 1.290 mil pessoas. Sob a ótica setorial, elevou-se o nível de ocupação nos Serviços (6,2%, ou a criação de 40 mil postos de trabalho) e, em menor medida, na Indústria de Transformação (0,9%, ou 3 mil) e reduziu-se no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-4,7%, ou eliminação de 10 mil postos de trabalho).
Segundo posição na ocupação, o número de assalariados elevou-se em 4,0% no mês em análise. No setor privado, aumentou o emprego com e sem carteira de trabalho assinada (3,1% e 10,8%, respectivamente). Reduziram-se os contingentes de autônomos (-2,6%) e de empregados domésticos (-1,4%).
Entre julho e agosto últimos, elevaram-se as médias de horas semanais trabalhadas por ocupados (de 40 para 41 horas) e assalariados (de 41 para 42 horas), mas pouco se alteraram as proporções de ocupados e assalariados que trabalharam mais do que 44 horas semanais: de 33,7% para 34,0% e de 32,3% para 31,7%, respectivamente.
Entre junho e julho de 2012, cresceram os rendimentos médios reais de ocupados (2,4%) e assalariados (2,1%), que passaram a equivaler a R$ 1.837 e R$ 1.858, respectivamente. Também se elevaram as massas de rendimentos de ocupados (1,5%) e assalariados (1,6%), em ambos os casos, como decorrência de aumentos dos rendimentos médios reais, uma vez que reduziram-se os respectivos níveis de ocupação.

Comportamento em 12 meses

Em agosto de 2012, a taxa de desemprego total na Região do ABC (10,2%) foi inferior à registrada há 12 meses (11,0%). Nessa mesma base de comparação, a taxa de desemprego aberto variou de 8,9% para 8,5% (contra 9,1% em julho deste ano). Em termos absolutos, o contingente de desempregados diminuiu em 8 mil pessoas, resultado da geração de postos de trabalho (40 mil, ou 3,2%) em número superior ao de pessoas que se incorporaram à força de trabalho da região (32 mil, ou 2,3%) no período em análise. A taxa de participação elevou-se de 61,3% para 61,9%, neste período de 12 meses.
Entre agosto de 2011 e de 2012, o nível de ocupação cresceu 3,2%, variação superior à registrada nos sete meses anteriores, nessa base de comparação. Sob a ótica setorial, esse resultado decorreu do aumento do contingente de ocupados nos Serviços (13,9%, ou 83 mil postos de trabalho), que mais que compensou a redução no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas (-6,9%, ou eliminação de 15 mil postos de trabalho) e na Indústria de Transformação (-1,2%, ou -4 mil).
O assalariamento total aumentou 2,2% na comparação de 12 meses. No setor privado, reduziu-se o número de empregados com carteira de trabalho assinada (-1,4%) e elevou-se o de sem carteira (6,0%). Aumentou o contingente de autônomos (9,4%) e reduziu-se o de empregados domésticos (-6,7%).
Entre julho de 2011 e de 2012, elevaram-se os rendimentos médios reais de ocupados (13,8%) e assalariados (12,2%). Também se expandiram as massas de rendimentos de ocupados (13,7%) e assalariados (9,0%), em ambos os casos, em decorrência de aumentos dos rendimentos médios.