A falta de chuvas e a má gestão do setor energético nacional fizeram o país chegar a uma situação limite, onde todos os brasileiros se perguntam: o Brasil está a ponto de ter um novo racionamento de energia, como o vivido em 2001?
Apesar dos esforços do Ministro Edson Lobão, Minas e Energia, e da presidente Dilma Rousseff para tentar evitar qualquer dúvida sobre o assunto, fica impossível afirmar se realmente teremos ou não o tão enfadonho racionamento.
O fato é que as hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste, região responsável pela produção de 70% da energia utilizada no país, estão no nível mais baixo dos últimos dez anos – apenas 29,8% do total. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores.
Para evitar os apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil vem das térmicas. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo e seus custos são muito superiores aos das hidrelétricas. Enquanto o preço médio do megawatt-hora de uma hidrelétrica é de R$ 116,00, o de uma térmica a gás é R$ 155,00 e de uma térmica a óleo diesel é de R$ 193,00.
A única coisa que podemos afirmar diante dessa situação tão preocupante é que não sabemos se terá ou não racionamento, mas, com toda a certeza, podemos dizer que faltou investimentos no setor energético para não vivenciarmos uma situação tão delicada.
Agora, o que nos resta é torcer para São Pedro fazer chover e acabar com qualquer dúvida.