Segundo o secretário Ricardo Di Giorgio, sucesso na apresentação, em Brasília, foi devido à qualidade técnica das propostas
O secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio, já está de volta a Santo André após a apresentação dos projetos de restauro da Vila de Paranapiacaba com vistas aos recursos de R$ 1 bilhão do PAC Cidades Históricas. O encontro foi realizado na última terça-feira (5), na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.
O município foi a 23ª entre as 44 cidades brasileiras selecionadas para apresentar as propostas de melhorias, de acordo com a ordem estabelecida pelo próprio Instituto. Além da apresentação, o secretário também entregou um dossiê de 40 páginas com mais informações sobre os projetos, além de um volume detalhado de cada medida de intervenção.
No retorno à cidade, Ricardo Di Giorgio afirmou que o material foi elogiado pelo corpo técnico do Iphan, que acompanhou a apresentação e também solicitou alguns detalhamentos. “Ficamos contentes, pois a nossa apresentação teve retorno positivo”, afirmou. Segundo o secretário, não há um prazo para a divulgação do resultado final, com os projetos selecionados. “Após o término das apresentações de todas as cidades, as propostas serão analisadas pelo Iphan, que depois serão encaminhadas para a apreciação dos ministérios do Planejamento, da Cultura e Casa Civil. Só depois disso devemos ter a divulgação dos selecionados”, finalizou.
As propostas foram divididas em quatro blocos, de acordo com a prioridade da Vila. O primeiro conjunto de ações é o de restauro de imóveis representativos do modo de vida inglês e do patrimônio ferroviário. Estão nesta lista, o restauro dos galpões ferroviários (garagem das locomotivas, oficinas de manutenção, almoxarifado da antiga São Paulo Railway Company), da antiga sede da Associação Recreativa Lyra da Serra, do campo de futebol, além da reconstrução de imóvel incendiado na região do Hospital Velho e a reforma da fachada do prédio da biblioteca, instalada numa casa de engenheiro reconstruída após um incêndio.
O segundo bloco de ações proposto é a requalificação dos espaços públicos, com a recuperação e adaptação das estruturas de drenagem e esgoto, baseado no projeto original, de 1914, do engenheiro inglês William Sheldon, da São Paulo Railway – empresa que operava a ferrovia na época. Esta ação prevê ainda o calçamento de uma área de 15.000 m² da Rua Schnoor, com faixa de acessibilidade, conforme estudo já realizado e aprovado pelos Órgãos de Defesa do Patrimônio, entre outras melhorias. O terceiro pacote pretende restaurar o conjunto os cerca de 330 imóveis, de madeira e alvenaria, da Vila Martin Smith. O último item prevê a elaboração do dossiê para solicitação do registro de Paranapiacaba como patrimônio da humanidade.
Santo André é uma das 44 cidades brasileiras que concorrem aos recursos de R$ 1 bilhão do PAC Cidades Históricas – No final de janeiro, durante o 2º Encontro Nacional dos Novos Prefeitos, em Brasília, o governo federal, por meio do Ministério da Cultura e do Planejamento, anunciou a destinação de R$ 1 bilhão do PAC Cidades Históricas para a revitalização de 44 cidades tombadas pelo patrimônio histórico nacional. A inclusão de Santo André foi uma das conquistas do prefeito Carlos Grana, presente ao encontro. Na oportunidade, o chefe do Executivo adiantou que seria elaborado um “projeto ousado”.
Após o retorno de Brasília, o prefeito esteve em Paranapiacaba para anunciar pessoalmente a importante conquista para a Vila ferroviária da cidade. Acompanhado por vários secretários, à ocasião, conversou com moradores e empreendedores e conheceu alguns dos projetos já aprovados, apresentados pelo secretário de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, Ricardo Di Giorgio. As planilhas com as propostas de restauro foram enviadas ao corpo técnico do Iphan, em Brasília, no dia 18 de fevereiro. A apresentação detalhada, além da entrega de um dossiê e de um volume específico para cada projeto, aconteceu ontem (5) na sede do Iphan em Brasília.