Projeto de lei encaminhado pelo executivo, que aumenta piso e teto do abono aos profissionais da educação e esporte (professores) foi votado na Câmara Municipal de São Caetano do Sul. A medida, que prevê mínimo de R$ 500 e máximo de R$ 1000 foi aprovada na última Sessão Ordinária, nesta terça-feira, dia 13, mas recebeu sugestões de parlamentares, liderados pelo vereador Professor Pio Mielo (PT).
Representando a classe, Mielo votou favorável, porém, enfatizou a importância dos servidores terem salário de qualidade. “Entendo que, emergencialmente, esses profissionais precisam dessa ajuda, para composição de caixa. Mas, trata-se de algo ilusório, um ‘puxadinho’ aos rendimentos dos trabalhadores. Precisamos, sim, de salário de qualidade”, afirmou o vereador.
A principal crítica é sobre o desequilíbrio na composição do que os servidores recebem, em um somatório de hora/aula a aproximadamente R$ 8 mais benefícios (não utilizados, por exemplo, nos rendimentos de aposentadoria). “Apesar de proporcionalmente termos uma das maiores receitas do Grande ABC, estamos muito abaixo do que as cidades vizinhas pagam aos seus educadores”, ressalta Pio.
Compromisso
As reivindicações lideradas por Mielo parecem ter tido retorno positivo. Publicamente, em edição regional de veículo de comunicação, o prefeito, Paulo Pinheiro (PMDB), assumiu o compromisso de, em 31 de dezembro deste ano, agregar ao salário base dos professores o que hoje é pago em abono. Os rendimentos passariam de aproximadamente R$ 1.700,00 para R$ 2.500,00. “Sem dúvida será uma vitória da cidade”, disse Pio.
“Todos os servidores públicos e profissionais das áreas essenciais, como saúde, educação e segurança, têm de ter salário descente, de qualidade, complementado com bonificações, que não deve constituir a maioria do valor pago. Agregado a isso, defendo uma política pública séria de plano de cargos e salários, que incentive o trabalhador a dar sempre o seu melhor e que ele seja reconhecido por isso”, completa o vereador.