Ministério da Saúde considera a política de saúde mental do município como referência
Uma delegação formada por cinco representantes do governo do Equador estão em São Bernardo do Campo para conhecer os programas desenvolvidos pela Prefeitura na área de saúde mental. O grupo, composto por quatro técnicos do Ministério da Saúde e um do Ministério de Inclusão Econômica e Social, chegou segunda-feira (9) e permanecerá na cidade até hoje.
Durante este período, os visitantes conhecerão os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), as repúblicas terapêuticas, o Consultório de Rua e o núcleo de geração de renda, além de verificar os procedimentos adotados no tratamento de crises de abstinência por usuários de álcool e outras drogas.
Nesta terça-feira, os equatorianos visitaram a lanchonete Q’Sabor, no Espaço Solidário, que faz parte do Núcleo de Trabalho e Arte (Nutrarte), programa de geração de renda voltado aos usuários da rede de saúde mental do município.
Segundo os integrantes da delegação, o governo do Equador está construindo a política de saúde mental tendo como molde o sistema brasileiro, que transfere o tratamento de internação hospitalar para uma rede de Atenção Psicossocial com unidades abertas.
Para o gerente de projeto de Saúde Mental do Ministério da Saúde do Equador, Roberto Celi, o envolvimento dos funcionários foi um dos pontos que mais chamou a atenção do grupo. “Ficou claro que todos têm um objetivo comum e o trabalho em equipe funciona muito bem. Nossa impressão é que há um nível de profissionalismo que vai além da formação, é mais vocacional”, opina.
Segundo a coordenadora de Saúde Mental de São Bernardo, Stellamaris Pinheiro, a visita a São Bernardo foi indicada pelo Ministério da Saúde uma vez que o município é considerado exemplo em política de saúde mental. “Temos recebido visitas frequentes de diversas cidades, uma vez que somos referência no cuidado aos usuários com foco na afirmação e resgate dos direitos de cidadania”, afirma.
O modelo adotado em São Bernardo prevê o atendimento das necessidades médicas, mas também psicológicas, sociais e profissionais dos usuários, promovendo o resgate da liberdade, da autonomia e dos direitos dos atendidos.
Os programas desenvolvidos por Santo André e Rio de Janeiro também serão visitados pela delegação do Equador.