Atualmente, cerca de 247 profissionais especialistas lecionam para 36 mil alunos na rede municipal; todos ingressaram via concurso realizado em 2013
Os 36 mil estudantes com idades entre 6 e 10 anos da rede municipal de São Bernardo do Campo passaram a ter, a partir deste ano, aulas de Educação Física com professores especialistas. Aprovados em concurso público promovido pela Secretaria de Educação em 2013, os 247 profissionais se tornaram os primeiros a fazer parte da rede, cumprem carga horária semanal de 30 horas e lecionam para alunos do ensino fundamental em todas as Escolas Municipais de Ensino Básico (Emebs).
As aulas incluem introdução às práticas esportivas, postura corporal, atividades lúdicas, coordenação motora e atividades comportamentais, entre outras. A introdução esportiva nas séries iniciais, de acordo com os especialistas, contribui para o desenvolvimento das crianças em todos os sentidos, uma vez que envolve não só conhecimento esportivo, mas também de atitude e comportamental.
“Com os alunos dos primeiros anos trabalhamos brincadeiras e atividades que façam com que se soltem de forma prazerosa. Já para os de 9 e 10 anos, damos iniciação às práticas esportivas, como handebol, vôlei, basquete e futebol, entre outras. Estimular e despertar aptidões físicas nas crianças é um fator que pode potencializar conhecimento, disciplina e concentração”, destaca Marcelo Monges, professor de Educação Física na Emeb Geraldo Hipólito, no Jardim do Mar.
Ele destaca que as aulas são um fator motivador nos alunos, uma vez que incentivam o trabalho em equipe e a convivência em grupo entre as crianças. “Eles têm muita energia e nosso desafio é saber canalizar isso em benefício deles. Mostramos que nos esportes, tanto individuais quanto coletivos, e até mesmo nas brincadeiras, concentração e disciplina são importantes.”
Inclusão – As aulas de Educação Física contemplam também os estudantes com deficiência que estão nas salas de aula regular. O professor Marcelo diz que a possibilidade de participar das atividades serve de incentivo para esses alunos, e lembra o caso de um aluno com paralisia cerebral que antes acompanhava as atividades em cadeira de rodas e agora interage com os colegas, inclusive participando das brincadeiras. “A evolução dele foi formidável. Hoje ele anda, repete frases e sempre quer brincar com os colegas. Nesse caso, as aulas de Educação Física estão ajudando a transformar a vida desse garoto”, constata o professor.
Para o aluno Matheus Davarezi, 6 anos, as aulas na quadra poliesportiva passam muito rápido. Segundo ele, as brincadeiras com bola são o ponto forte das atividades. “Antes não era tão divertido. Mas agora conto os minutos para vir para a quadra”, diz.
Antes de iniciar o trabalho com os estudantes, os novos profissionais passaram por capacitação no Centro de Formação dos Profissionais da Educação (Cenforpe), no fim de janeiro, quando tiveram a oportunidade de conhecer toda a grade curricular da rede, programas educacionais implementados na cidade e parcerias com outras secretarias.