Depois que a prefeitura foi multada, secretário Dorival Fernandes manda retirar lixo do espaço Matarazzo

População impede prefeito de fazer lixão no bairro Fundação

População de São Caetano está atenta com a atual administração e a ingerência dos secretários municipais e denuncia formação de lixão em área irregular do município, que é multado pela CETESB. DAE deveria se pronunciar sobre a poluição.

Em programa de governo do atual prefeito sancaetanense Paulo Pinheiro divulgado em 2012, sistematicamente por sua equipe, o bairro da Fundação seria um bairro diferente em sua administração, e a população seria a maior beneficiária com a construção de uma grande praça de esportes coletivos que seria construída na antiga ruína das Industrias Matarazzo, continuação da praça Ermelindo Matarazzo e conjugada a Matriz Velha do município.

Passados 15 meses, a situação é bem diferente, e a praça não vai sair nunca do papel por causa do elevado índice de contaminação da área nociva a saúde, detectada pela CETESB e proibida pelo Ministério o Público do Meio Ambiente.

A solução mais recente, datada do dia 1 de abril passado, para a área contaminada, foi a destinação do lixo residencial e industrial do município para o local, em flagrante desrespeito ao Meio Ambiente e sem a devida autorização da CETESB, e ainda utilizando pessoal desqualificado para os procedimentos.

Em nota depois de ser multada pela CETESB, a secretaria de imprensa da prefeitura divulgou nota de esclarecimento a população, alegando que o local foi utilizado provisoriamente para o descarte do lixo por causa da greve dos lixeiros que acontece no Grande ABC e principalmente entre os funcionários da empresa Lara de Mauá, que armazena o lixo.

Segundo o Ambientalista Nicola Greco – “ A Greve que também chegou aos funcionários do Aterro Lara (Mauá) não justifica esta ação lamentável e que fere a Lei de Crimes Ambientais. A PMSCS tem que utilizar recursos próprios (anualmente captados por meio do IPTU e Taxa do Lixo) em situações de emergência, para enviar os seus resíduos domiciliares para outros aterros da Grande São Paulo, mesmo que com preços mais salgados do que os R$90 por tonelada. Esta foi uma atitude amadora e que pode sair muito caro tanto no âmbito político como de intervenção do ministério público”.

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Quem será responsabilizado por esta ingerência do transporte e descarte do lixo municipal e consequentemente arcará com a multa aplicada a administração pela CETESB, assim que foi notificada por moradores do bairro sobre o crime ambiental que estava sendo cometido pela administração?

Quem seria o responsável por mais esta barbárie praticada pela administração municipal? – Quem deveria arcar com o ônus da multa, visto que não é só um local proibido para descartar lixo, mas também as consequências podem ser maiores se considerarmos que é margeado por dois rios, o dos Meninos e Tamanduateí aumentando ainda mais a poluição destes; sem contar com a contaminação do lençol freático da região.

A retirada do lixo do local na última quarta-feira, não cancela multa praticada pela CETESB, e se a medida fosse de mandar o lixo para o aterro em Mauá, com o mesmo pessoal que o descarregou aqui em São Caetano, sairia mais barato e menos trabalhoso, visto que foi trabalho dobrado.