Defesa Civil atendeu 29 ocorrências deste tipo desde outubro de 2013, quando o serviço foi oficialmente criado (Foto: Roberto Mourão)

Defesa Civil de Mauá captura abelhas, marimbondos, cobras e até gambás

Ação preventiva faz parte do serviço criado oficialmente em outubro do ano passado

Engana-se quem imagina que a atuação da Defesa Civil de Mauá está relacionada exclusivamente a ações preventivas no período das chamadas Chuvas de Verão. Além de monitorar índices pluviométricos e tomar medidas planejadas a fim de evitar vítimas de deslizamentos, a coordenadoria se dedica a um serviço menos comentado e igualmente importante: captura de abelhas, marimbondos e animais peçonhentos como cobras, aranhas e escorpiões.

Defesa Civil atendeu 29 ocorrências deste tipo desde outubro de 2013, quando o serviço foi oficialmente criado (Foto: Roberto Mourão)


Em uma cidade do porte de Mauá, com seus 450 mil habitantes, a incidência destes insetos e animais potencialmente danosos aos seres humanos enseja cuidados específicos por parte do poder público. Tanto que a Defesa Civil atendeu 29 ocorrências deste tipo desde outubro de 2013, quando o serviço foi oficialmente criado.

As informações são de Sérgio Moraes, coordenador da Defesa Civil de Mauá. Moraes conta que o serviço foi criado após a participação de 16 agentes em curso de qualificação que teve a participação do Instituto Butantã.

Ele comenta que a retirada de colmeias de abelhas e casas de marimbondos requer rigor de planejamento análogo ao das táticas de guerra: agentes precisam utilizar roupas de tecido grosso que lembram astronautas, as operações muitas vezes são realizadas durante a noite, quando abelhas e marimbondos encontram-se menos agressivos, e é preciso isolar ruas próximas para evitar que cidadãos comuns sejam prejudicados.

Afinal, para pessoas que são alérgicas a abelhas, bastam algumas ferroadas para trazer complicações graves e até a morte, por reação anafilática. Os trabalhos de retirada de uma colmeia de abelhas ou casa de marimbondos podem se estender por horas.

“Em relação à captura de abelhas a estratégia é identificar e isolar a rainha como forma de dominar as demais”, explica Moraes.

Em uma operação que pode ser classificada como exótica, a Defesa Civil foi acionada para retirar uma família de gambás alojada na laje de uma casa localizada no Jardim Zaíra. “Eram uma fêmea e quatro filhotes. Depois da retirada, que foi feita com muito cuidado para não trazer danos aos próprios animais, os soltamos na mata, em área de mananciais”, cita Moraes.

Para qualquer ocorrência relacionada à captura de marimbondos, abelhas, animais peçonhentos e outros, basta discar 199. Moraes contextualiza a nova especialização ao fortalecimento da Defesa Civil desde 2012. A Defesa Civil foi transformada em coordenadoria, com status de secretaria, ligada ao Gabinete do Prefeito, passou a contar com 23 agentes, teve sede transferida para o Jardim Zaira, mais estruturada e próxima das áreas de risco, e passou a contar com 15 pluviômetros para antecipar a ocorrência de chuvas.