Moradores do Parque São Bernardo abrem as portas para o combate à dengue

Ações da Prefeitura de São Bernardo estão concentradas nas regiões do Montanhão e Taboão

Os moradores da região do Parque São Bernardo e Montanhão, em São Bernardo do Campo, têm colaborado com as ações da Prefeitura no combate à dengue no município, ao permitir a entrada dos agentes de controle de vetores em suas residências. No momento, as vistorias para localização de possíveis criadouros do Aedes aegypti, transmissor da dengue, e nebulização (uso de veneno) estão focados nessa região e no Taboão, locais onde a incidência de casos da doença está entre os maiores da cidade.

Dos 137 casos autóctones (contraídos no município) registrados em São Bernardo, 22 foram no Montanhão e 63 do Taboão. Outros 25 são importados, ou seja, as pessoas foram infectadas fora da cidade.

Na sexta-feira (9/5), agentes de controle de vetores visitaram residências do Jardim Bela Vista, no Parque São Bernardo, para vistoria e distribuição de panfletos com informações sobre os cuidados necessários durante o processo de nebulização, que consiste no uso de veneno por parte do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), realizado nesta última segunda-feira (12/5).

Entre os cuidados, o morador deve retirar roupas do varal, tampar alimentos e retirar das residências animais domésticos, além de permanecer fora da casa por 15 minutos. “Porém, não são todos que nos permitem entrar no domicílio para fazer essa ação”, destacou o chefe da Seção de Controle de Vetores do CCZ Blonis Ariel Rossi.

Rossi lembrou que é extremamente importante a participação da população no combate ao mosquito Aedes aegypti, permitindo que os agentes façam o trabalho de identificação dos focos de larvas. “Os agentes fazem a busca e eliminam possíveis focos, que passam despercebidos pelos moradores”, explicou.

O chefe do controle de vetores ressaltou que a própria população pode tomar precauções, como eliminar pratinhos de vasos de plantas, virar de boca para baixo pneus e garrafas, limpar calhas com regularidade e tampar caixas-d’água. “Não é preciso esperar que os agentes deem essa orientação. Os próprios moradores podem fazer isso.”

É o caso da esteticista Claudia Aparecida Nascimento, que toma as devidas precauções no combate ao mosquito. “Estou sempre atenta para não deixar água parada. Também acho importante que os moradores abram suas casas para que os agentes façam esse trabalho de busca por focos. Fazer isso é pensar na comunidade”, ressaltou.

Quem também deixou os agentes fazer a busca por focos e a nebulização na residência foi a auxiliar de produção Márcia Ferreira da Silva. “Apesar de não ter vasos de plantas, meu marido e eu estamos sempre atentos quanto a possíveis focos, e o trabalho dos agentes nos ajuda a eliminar ainda mais o mosquito”, disse.