Em época das pré-copas passadas era comum a empolgação do povo brasileiro.
Um mês antes da copa que se realizava em outro país, era comum prédios de apartamentos, casas e o comércio ostentarem os símbolos nacionais. Eram comuns os comentários futebolísticos, com ufanismo na esperança do Brasil sair-se campeão.
Agora que a copa vai se realizar em nosso País, o movimento popular é de protesto e até mesmo de torcida contra. Não é para menos. A FIFA atropelou a soberania nacional, impondo o seu padrão e até mesmo suspendendo a vigência da lei.
Exemplo: fica suspensa a proibição de venda de bebidas alcoólicas nos estádios e só algumas marcas de cerveja poderão comercializá-las. Até mesmo o comércio informal no entorno dos estádios será proibido durante os jogos da copa.
A copa não seria realizada no Brasil, mas o governante de plantão sete anos atrás implorou para atraí-la.
Dezenas de suntuosos estádios foram construídos para a realização de apenas alguns jogos, ficando relegados ao abandono depois do acontecimento. O portentoso BNDES que financiou porto em Cuba e metrô em outro país, financiou também a construção dos estádios.
Enquanto isso, o povo continua carente de educação, saúde, transporte e segurança. A FIFA como promotora do evento, nada investe e leva inteirinho o gigantesco lucro do evento, sem incidência de impostos. Em contrapartida, o povo continua sendo sangrado com impostos elevados sobre medicamentos, alimentos e outros itens indispensáveis à sobrevivência. Deus, que dizem ser brasileiro, que derrame bênçãos para que, ao menos, a seleção canarinha alcance o hexa.
Dr. Mauro Russo