Variação de 1,11% representa ônus de R$ 4,78 a mais para o bolso dos consumidores; principais destaques foram os quilos da cebola, batata e o corte bovino de 1ª
Após sucessivas quedas nas últimas semanas, o preço do conjunto de 34 itens que compreende a cesta básica voltou a subir na região do Grande ABC, de acordo com pesquisa elaborada pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André). O índice apresentado foi de 1,11%, o que representa um custo adicional de R$ 4,78 para os consumidores. Enquanto no levantamento anterior a cesta saía, em média, a R$ 430,31; nest estudo é encontrada por R$ 435,09.
As principais altas foram nos quilos da cebola e da batata que subiram, respectivamente, 20% e 16,42%. Já o corte da carne bovina de 1ª teve um incremento no custo de 9,67%. “No caso dos hortifrutis (cebola e batata), as altas não significam muito, uma vez que os preços estavam bem baixos nos últimos dias. Já no caso dos 9,67%, o percentual é o maior do ano até agora e a tendência, neste período, será de preços altos”, apontou o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa, Fábio Vezzá de Benedetto.
Ainda de acordo com o especialista, a elevação no preço da carne ocorreu devido à estiagem que tem prejudicado as pastagens de uma maneira em geral. “Este fator contribui para que os produtores tenham de suplementar o alimento do rebanho com ração e é justamente este processo que faz com que os custos de produção e o produto final fiquem mais caros.”
Outro item a apresentar alta significativa foi o quilo da carne bovina de 2ª, com 7,45% de elevação.
Baixas
Por outro lado, os itens que apresentaram as mais significativas retrações nesta semana foram o tomate, cujo custo do quilo caiu 25,08%, enquanto que a unidade do pé da alface recuou 9,38%. “Ambos apresentaram os valores mais baixos do ano, junto com o feijão, que não era encontrado a preços tão reduzidos desde março de 2010. A preocupação, entretanto, é que os preços do feijão neste momento já estão diminuindo a expectativa da próxima safra que será cultivada com a chegada das chuvas e deve refletir em um feijão mais caro ainda para este ano”, previu Vezzá.