Projeto da Prefeitura dobrou na atual gestão municipal e gera trabalho e renda pra 17 famílias na cidade
A Prefeitura de São Bernardo do Campo dobrou o número de hortas urbanas e hoje há na cidade nove terrenos com o cultivo de hortaliças e sementes sem agrotóxico. Em 2009, o projeto começou com quatro espaços de plantios coletivos mantidos pela administração municipal. A iniciativa tem por objetivo gerar trabalho e renda e promover a inclusão social de famílias carentes, além de oferecer à população alimentação saudável e de qualidade. Toda a plantação é cultivada sem agrotóxico, mantida com compostagem orgânica cedida pela Prefeitura.
O projeto beneficia diretamente 17 famílias da cidade. O trabalho gera renda mensal estimada em R$ 1 mil por mês para cada família, segundo Vanderlei Gomes (o Alemão), assistente técnico da Prefeitura. Além das famílias, o projeto beneficia o morador de São Bernardo, que pode comprar os alimentos direto do produtor, sem conservante químico (veja endereço abaixo).
“O número de áreas plantadas mostra o sucesso da iniciativa, principalmente pelos produtos de qualidade, cultivados sem agrotóxico, e o preço menor do que o comercializado no mercado,” reforça Alemão. O preço médio dos produtores custa entre R$ 2,50 a R$ 4 por uma sacola (com até três pés de hortaliças).
Em geral, as hortas são cultivadas em áreas utilizadas pelas linhas de transmissão da Eletropaulo, da Sabesp, onde há tubulação subterrânea, ou em terrenos ociosos da cidade. Em cada local, trabalha grupo de famílias em espaços predeterminados na plantação de alface, couve, espinafre, rúcula, repolho, cenoura e beterraba, entre outras verduras e legumes sem agrotóxicos.
Raimundo Teotônio da Silva trabalha na Horta Sapucaí, no Rudge Ramos, há dois anos. “Foi uma oportunidade que encontrei e com a qual consigo manter minha família”, disse o produtor, que mora com a mulher e três filhos.
Compostagem – A Prefeitura fornece para as hortas urbanas 18 caçambas de caminhão de fertilizante orgânico, com entrega realizada a cada três meses. Alemão explica que a compostagem ocorre de maneira simples. O processo biológico de decomposição é feito com restos de origem vegetal. “Com as podas de árvores de parques e jardins, produzimos um composto para as hortas, depois de triturado e deixado para decomposição.”
Novidade – Além da comercialização das verduras e leguminosas nas hortas comunitárias, os horticultores mantêm banca no Espaço Solidário, que fica na Central de Trabalho e Renda (CTR), em São Bernardo. A novidade é que a banca foi transferida para fora do espaço, em local que dá mais visibilidade para os pedestres. A venda ocorre somente às sextas-feiras, das 11h às 15h. “Acabou tudo, temos que esperar nova entrega”, disse Raimundo por volta das 12h do dia 12 de setembro, data da estreia do novo local.
A dona de casa Miriam Fernandes, que passava pela esquina da Rua Marechal Deodoro com Rua Zelinda Zanella, viu a banca, que lhe chamou a atenção. Comprou alface e chicória. “Valeu muito tudo isso por R$ 2,50”, disse, mostrando a sacola. O Espaço Solidário fica na Rua Marechal Deodoro, 2.316, Centro (entrada pela Zelinda Zanella).
Endereços das Hortas Urbanas
Horta Saúde e Vida
Rua Francisco Vicentainer, 910
Bairro Assunção
Horta dos Vianas
Rua dos Vianas, 1.366
Bairro Baeta Neves
Horta Orgânica Nutritiva
Avenida Pedro Mendes, s/nº
Parque Selecta II
Horta Caminho do Mar
Avenida Caminho do Mar, 1.682
Rudge Ramos
Horta Sapucaí,
Rua do Sapucaí, 1.000
Vila Vivaldi
Horta Baeta II
Rua dos Vianas, 2.101
Horta Associação Santo Inácio
Rua das Flores, 1.000
Bairro Batistini
Horta Pedro de Alcântara
Alameda Pedro de Alcântara (em frente ao 681)
Nova Petrópolis
Horta Industrial
Rua Sabino Demarchi, s/nº
Demarchi