Cesta Básica: Preço fecha janeiro com alta de 3,95%

As condições climáticas seguem impactando de forma significativa nos preços dos alimentos de todo o País e no ABC não é exceção. De acordo com levantamento da Craisa, o aumento registrado neste mês, se comparado ao mês passado, foi de 3,95%, mesma situação apresentada na comparação dezembro 2012 (R$ 416,95)/janeiro 2013 (R$ 432,54) – alta de 3,74% , e dezembro 2013 (R$ 421,14)/janeiro 2014 (R$ 427,46) – alta de 1,50%.

“Depois da crise de seca intensa nos Estados Unidos em 2012, na Austrália e em outras partes do mundo, chegando aqui no Brasil de forma mais intensa a partir do ano passado, fez com que tivéssemos uma modificação significativa do cenário que estávamos acostumados de preços mais baixos em janeiro, quando a demanda costuma ser menor no período de férias e orçamento restrito”, lembrou o engenheiro agrônomo da Craisa e responsável pela pesquisa Fábio Vezzá.

A explicação do especialista se confirma quando analisados os meses de janeiro entre 2009 e 2012, comparado com dezembro dos anos anteriores, quando os índices registrados foram de sucessivas quedas. Ou seja, em 2009 a economia havia sido de 0,36% na avaliação com dezembro de 2008; em 2010, 0,78% se analisado dezembro de 2009; em 2011, mais 2,22% ante dezembro de 2010; e, em 2012, outros 1,12% de economia na comparação com dezembro de 2011.

HORTI

Assim como vem ocorrendo nos últimos meses, os hortifrui têm sido os itens a apresentarem as maiores variações de preços. Dos seis produtos que mais subiram neste mês, quatro são deste grupo. São eles: os quilos da batata, da cebola e do tomate, com respectivos 68,65%, 14,40% e 13,45%, de aumento, além da unidade da alface, com outros 9,26% de custo adicional.

Os outros dois itens fora do grupo que se destacaram de forma negativa no balanço final deste mês foram o quilo do feijão carioca, que ficou 28, 47% mais caro, além da mesma quantidade da carne bovina de 2ª, que registrou aumento de 6,12%. “Estes itens – hortifruti – são os que mais sofrem com os impactos climáticos, principalmente o calor extremo e a crise hídrica, e vemos o reflexo disso nos preços praticados junto ao consumidor”, conclui Vezzá.

Curiosamente, dois produtos, também do grupo de hortifruti a apresentarem as menores quedas em janeiro foram nos quilos da banana e da laranja. Enquanto o primeiro retraiu 7,44%, o segundo baixou 5,32%.