Comércio perde clientes e fechando pontos no centro pelo excesso de multas que são aplicadas pela empresa que controla a Zona Azul
A concessão da exploração do estacionamento pago nas vias públicas em São Caetano, denominada de Zona Azul, deveria ser revista pelo gabinete do prefeito Paulo Pinheiro, que cada vez mais fica com as mãos atadas pela ineficiência de seu secretariado, quer na área de mobilidade urbana e ou qualquer área de sua administração.
Na questão da Zona Azul, a empresa detentora do atual contrato com a prefeitura deveria em vez de continuar com o método arcaico de cobrança poderia mudar o sistema pelo método de parquímetros, assim como na vizinha cidade de Santo André, onde é cobrado pelo tempo que o motorista precisar e quiser, saindo bem menos oneroso do que o cobrado em São Caetano, que obriga o usuário a comprar folha de talonário de no mínimo 1 hora, ao custo de 2 reais, enquanto que no sistema de parquímetros a hora custa em média R$ 1,60, cerca de 20% a menos.
Outro problema acarretado pela Zona Azul em São Caetano, agora com novos administradores, é a dificuldade em encontrar pontos de vendas nos locais de estacionamento rotativo e quando menos se espera os motoristas são notificados e fotografados pelas vendedoras e caso não se apresentarem na sede da empresa no bairro Santo Antonio dentro de 24 horas, ainda são obrigados a comprar um talonário completo no valor de 20 reais para retirar a multa, ocorrendo também outro grave problema aos motoristas o de ser multado mais uma vez por falta de estacionamento nas proximidades da empresa.
Ao obrigar o motorista a comprar um talão da Zona Azul, é também uma arbitrariedade abusiva praticada pela empresa e um caso que deveria ser urgentemente investigado pelo Ministério Público que deveria tomar as providências cabíveis sem precisar que a população acione o órgão para averiguação.
Mais uma modalidade de multa
Não contente, a administração Paulo Pinheiro está adotando mais uma modalidade de multa na cidade, reduzindo a velocidade no trânsito em mais 20%, o que era de 50 passa a ser 40 quilômetros por hora em todas as vias, e instalando radares escondidos para multarem os infratores.
A falta de administradores de trânsito competentes estão fazendo do município em seu todo uma fábrica de multas, e até a Polícia Militar está entrando na onda. Aqueles mesmo que recebem pela Operação Delegada, em vez de cuidarem da segurança do município, ficam espalhados pelas ruas da cidade, principalmente o centro – nos sábados a tarde. Essa operação é somente para os bairros onde o comércio é mais intenso, o restante do município fica a esmo, sem policiamento e a população desprotegida.
A redução da velocidade em algumas vias, bem como a fábrica de multas que estão instalando em São Caetano, merece uma visão mais ampla do Ministério Público para beneficiar a população que está sendo castigada pela administração Paulo Pinheiro com o excesso multas, principalmente o comércio é o que mais perde com toda este abuso da administração pública.
Fato relevante e discutível
Também pesa sobre a empresa de Zona Azul administrada, é que nos talonários vendidos aos usuários do estacionamento rotativo pago, não consta nem a tiragem e muito menos o CNPJ da empresa gráfica.
Fato este denunciado pelo vereador Fábio Soares na última terça-feira durante a sessão do legislativo e que merece atenção especial por parte do Ministério Público Estadual pois não impede que possa haver fraude nas arrecadações e nas prestações de contas, e nos repasses à assistência social e a prefeitura do município.
Irregularidades escondem faturamento na empresa responsável pela Zona Azul