Síndrome do “não sou eu”

Passeando pelas páginas de redes sociais dá-se a impressão que algumas pessoas perdem a noção do que escrevem principalmente quando tomam as dores de outras pessoas que se julgam injuriadas.

Dias atrás em uma matéria do Jornal Imprensa ABC que falou sobre o transporte escolar através de vans no Grande ABC, um grupo de motoristas deste tipo de transporte pelo que pareceu só faltaram quebrar o monitor de seus computadores para se defenderem ou defenderem sua classe, sendo que a mesma não julgou ninguém em específico, apenas alertou a população e as autoridades.

Pouquíssimos mesmo os que acharam atingidos pela matéria, num universo de mais de 300 motoristas que trabalham neste ramo somente em São Caetano, até um vereador se achou no direito de defendê-los, nada mais justo porque ele é pago para defender a população e não só uma classe.

Mas estranho mesmo ele, o vereador, aparecer para defender esta classe e as outras como ficam? – Só não entra numa discussão quem deve alguma coisa e quer se defender, caso contrário, pra quê?

Mas este não é o caso. Muitos motoristas cometem suas arbitrariedades pelas ruas das cidades e não são coibidos, e quando apontados dizem “não sou eu”, mesmo com digital fotográfica.

Ninguém quer pagar multa de trânsito, mas a síndrome do “não sou eu” que ataca de vez em quando esta classe de trabalhadores é de arrepiar qualquer um, ainda mais quando estão lotadas de crianças inocentes que são confiadas a alguns incautos motoristas.

Que a população e os próprios condutores de vans escolares coíbam de vez esta síndrome e denunciem os inconsequentes que trafegam pelas ruas de nossa região.