Com Boletim de Ocorrência na mão, proprietário da lanchonete Paralelo 17 da Rua Baraldi com Santa Catarina - principal artéria do Centro de São Caetano, computa prejuízos de 25 mil reais em dois arrombamentos em menos de 40 dias. Ninguém viu nada, muito menos a polícia.

Segurança Municipal: contradições e inseguranças da população

A partir do momento em que a polícia na pessoa do Dr. José Ribamar de Freitas Raposo, delegado titular, classifica São Caetano do Sul como a “Noruega Brasileira” em entrevista à um jornal diário regional, é sinal que nada vai bem na segurança mesmo.

A sinergia entre as polícias (GCM, PM e Civil) divulgada pelo delegado, parece que só acontece no papel ou em debates em portas fechadas, onde os resultados são nulos, e quem paga pela situação é o comerciante que tem suas propriedades invadidas durante a noite e a população que tem de ficar preso em sua casa porque inexiste policiamento adequado, mesmo com todo o aparato alardeado pelo gabinete do prefeito Paulo Pinheiro e ainda gastando dinheiro de impostos para pagar a Operação Delegada a PMs para cumprirem horas extras.

A Cidade Segura só existe no papel, assim como o Fila Zero na Saúde. Só para inglês ou norueguês ver.

Com Boletim de Ocorrência na mão, proprietário da lanchonete Paralelo 17 da Rua Baraldi com Santa Catarina - principal artéria do Centro de São Caetano, computa prejuízos de 25 mil reais em dois arrombamentos em menos de 40 dias. Ninguém viu nada, muito menos a polícia.

Independente de ter Boletim de Ocorrência ou não as polícias são obrigadas a estar nas ruas 24 horas por dia, mas isso não acontece, e quando acontece ficam em pontos específicos durante o dia.

Não basta ter em São Caetano quase 500 GCMs, 150 PMs e mais o Garra e Polícia Civil, se a população sente a insegurança a partir do momento que sai à rua. Não adianta as polícias fazerem planos e terem objetivos como aconteceu dias atrás no gabinete do prefeito Paulo Pinheiro, se a sinergia propalada pelo delegado Raposo não sai do papel imediatamente e sim para o próximo ano, se acontecer mesmo. A população está descrente e não confia em atitudes imediatistas propaladas pelo governo municipal e pela força policial.

Se propaganda de “Cidade Segura” funcionasse, São Caetano seria a cidade mais segura do país pelo volume que se gasta em publicidade oficial espalhadas pela cidade através de outdoors e nos jornais mantidos pela prefeitura.

Um dos pontos em destaque foi o de que a população e comércio quando assaltados tem de fazer Boletim de Ocorrência para mapeamento do crime. Nada mais justo, desde que as polícias atuem energicamente durante o dia e a noite e não somente em horários e bairros específicos, como vem ocorrendo sistematicamente em todo o município.

É nítida a falta de policiamento em vários bairros durante toda a semana, isso porque São Caetano do Sul tem somente 15 quilômetros quadrados e quando tem, se aglomeram dezenas em áreas onde há maior fluxo de pessoas, enquanto que as outras áreas (bairros), ficam desprotegidas.

O mesmo ocorre a partir das 18 horas, quando o comércio começa a baixar as portas o policiamento desaparece em toda a cidade.

Qual motivo? – é uma das inúmeras perguntas que a população não consegue respostas do poder público e muito menos das polícias.

Nada impede que seja feito um policiamento mais ostensivo em todo o município durante a noite todos os dias, GC Ms, PMs e Garra tem homens e viaturas novas suficientes para que isso aconteça, não seria esta a maneira mais fácil de conter a criminalidade que assombra a população e os comerciantes que tem seus estabelecimentos invadidos durante as madrugadas?

A população quer que a administração haja imediatamente e não só que faça planos para ano eleitoral, se este é o intuito da reunião que aconteceu dias atrás no Palácio da Cerâmica divulgado com toda a pompa, a população com certeza vai pensar duas vezes, se vai confiar ou não se vai acontecer alguma coisa na segurança do município.