Sem nenhum critério Plano diretor para em duas sessões relâmpagos na Câmara sem estudo pelas comissões

Plano diretor deve verticalizar de vez Jardim São Caetano e Bairros Olímpico e Santa Maria

Aprovada na última sessão da Câmara em duas sessões simultâneas e sem tempo para os vereadores discutirem o projeto de lei de autoria do prefeito Paulo Pinheiro ou simplesmente tempo de estudar o projeto direito, a maioria da Câmara Municipal aprovou o novo plano diretor da cidade, com excessão de dois vereadores que votaram contrário.

O Plano Diretor para quem não sabe, trata-se de projeto de verticalização total ou parcial do município e suas compensações, quando há excessos de construções altas como reflorestamento e áreas de lazer, sistema de captação de água e esgoto e rede elétrica do município.

São grandes projetos que atravancam o progresso de uma cidade como a de São Caetano pois tem um território pequeno, e o Plano Diretor dirige essas metas para que sejam harmoniosamente estabelecidas para não comprometer a estrutura física da cidade e com isso estagnando e afunilando todo o serviço público.

Sem nenhum critério Plano diretor para em duas sessões relâmpagos na Câmara sem estudo pelas comissões

Por isso, a pressa em aprovar o plano diretor para os dez próximos anos na surdina, ou, no apagar das luzes do legislativo sancaetanense pode ser um meio de encobrir alguns malefícios que não serão divulgados a população a não ser quando estiver em prática e irreversível, mas no decorrer do tempo pode e muito prejudicar as próximas administrações. De um lado ajuda a atual com a aprovação de mais edifícios comerciais e residências e de outro, pode causar uma crise sem precedentes se não haver um estudo minucioso para a sua implantação – “o que não houve nas sessões relâmpagos e simultâneas promovidas pela direção da Câmara Municipal de São Caetano” – pedido aceito pela presidência da Câmara vereador Paulo Bottura e comissões.

Os bairros mais visados e que podem ganhar de uma hora para outra grandes empreendimentos imobiliários: residenciais e comerciais, são o Santa Paula que já está sobrecarregado, o Santa Maria que já tem inúmeros prédios e o Jardim São Caetano que já é visto como um polo residencial a ser descoberto pelos empresários caso não se reveja imediatamente este Plano Diretor e suas nuances para não haver dúvidas quanto a não exploração ainda mais destes bairros.

Pelo Plano Diretor aprovado, nenhum prédio residencial ou comercial pode ser maior que os já construídos no município (22 andares), mas também não menciona que não poderiam ser projetados e aprovados posteriormente, assim como a verticalização total do bairro Jardim São Caetano, em uma lei complementar futuramente comprometendo ainda mais a cidade.

A população fica numa incógnita, e o Zoneamento Estratégico aprovado em 2010 pela administração anterior, inclusive pelo então vereador Paulo Pinheiro e presidente da Câmara Paulo Bottura, já não tem mais validade, agora que ele é prefeito e o vereador é presidente? – Foi bom até final de 2012, porque não seria bom para o município em 2015, 2016 em diante nos próximos anos?

Na ansiedade de deixar seu legado, o atual prefeito e seus principais secretários que pouco ou nada conhecem a cidade e aqui estão só de passagem querem leis aprovadas a toque de caixa, não importando se a cidade e sua população irá suportar viver aqui daqui a 10, 20 ou 30 anos.

O que parece importar no momento é inflar seus egos com obras e leis que podem ser extintas num piscar de olhos daqui a um ano, ou mais, quando o estrago na infraestrutura da cidade estar totalmente estagnada com projetos megalomaníacos.

A aprovação dos vereadores da lei deve ser pesada daqui a alguns anos, quando eles perceberem ou se aqui ainda estiverem que eles poderiam ter perdido um pouquinho de tempo para refletir sobre a aprovação ou não da lei do atual Plano Diretor e não permitido que o prefeito Paulo Pinheiro e seus secretários e impusessem ordens expressas de votação de matérias de interesse público que podem levar o município, em sessões relâmpago como se fossem pedidos de títulos de cidadãos que não tem interesse algum.