Operação realizada durante o Carnaval gerou 32 autos de infração ambiental e a apreensão de 27 barracas e equipamentos de camping
A Vila de Paranapiacaba é um destino muito procurado por turistas nos fins de semana e feriados. Durante o Carnaval, por exemplo, cerca de 12 mil pessoas visitaram o local para acompanhar os blocos, visitar os museus ou percorrer trilhas em meio à Mata Atlântica. Algumas dessas pessoas, no entanto, buscam trilhas clandestinas e irregulares, como é o caso das que levam à Cachoeira da Fumaça e Cachoeira de Cristal. Para coibir esse tipo de atividade, a Secretaria de Gestão de Recursos Naturais de Paranapiacaba e Parque Andreense, através do Departamento de Meio Ambiente, com o apoio do Departamento da Guarda Municipal, do Parque Estadual da Serra do Mar (Núcleo Itutinga-Pilões) e a Polícia Militar Ambiental, realizou, durante o Carnaval, a Operação Integrada de Fiscalização Ambiental nas trilhas clandestinas da região.
Segundo o secretário de Paranapiacaba, Ricardo Di Giorgio, durante os quatro dias do feriado, cinco equipes percorreram trilhas e vistoriaram acessos. No total, foram emitidos 32 autos de infração ambiental e realizadas apreensões de 27 barracas e acessórios de camping. “A operação coibiu o acesso clandestino de mais de 2.500 pessoas nas trilhas do Parque Natural Nascentes de Paranapiacaba, Parque Estadual da Serra do Mar e zona de amortecimento nos arredores da Rodovia Adib Chamas”, afirmou. Ainda segundo o Di Giorgio, no município de Santo André o acampamento selvagem é proibido e constitui infração ambiental.
O secretário destacou que as trilhas, como a Cachoeira da Fumaça, Cachoeira dos Ventos, Cachoeira de Cristal e Cachoeira do Ralo, são trilhas clandestinas e irregulares. “Essas trilhas encontram-se, quase em sua totalidade, em terrenos particulares. Também são áreas de amortecimento do Parque Estadual da Serra do Mar e o seu uso deve ser previamente autorizado pelo PESM e pelo Município de Santo André, levando em conta as legislações ambientais e urbanísticas vigentes. Além do problema da invasão de propriedade, existe o problema do dano ambiental”, concluiu. O visitante, além do dano ambiental, também coloca em risco sua vida e integridade física, já que são áreas de mata fechada, com risco de quedas e afogamentos, sem segurança. Há diversos casos de perdidos na mata.
Irregulares – Numa tentativa de coibir a prática, o Departamento de Meio Ambiente alerta que há empresas de turismo e pessoas físicas vendendo, clandestinamente e criminalmente, passeios nessa região, e é preciso ficar atento e buscar informação junto à Prefeitura de Santo André. Os proprietários da região também estão sendo notificados a sinalizarem suas propriedades. As empresas e pessoas que vendem essas trilhas serão autuadas, nos termos das legislações vigentes.
O Departamento esclarece ainda que o uso para a atividade turística na região é permitido. No entanto, ele deve estar regular e possuir autorização de todos os órgãos competentes. É preciso ter um controle da quantidade de pessoas, mapeamento do local de visitação, segurança, manutenção das trilhas, entre outras ações para garantir a integridade física do visitante e a integridade ambiental da região.
As trilhas abertas para visitação encontram-se no entorno da Vila de Paranapiacaba, no Parque Natural Nascentes de Paranapiacaba e algumas trilhas do PESM (Parque Estadual da Serra do Mar), que são acessadas pelo Parque Nascentes. Essas trilhas são monitoradas e a quantidade de pessoas que podem acessá-las por dia é controlada, a fim de evitar danos ambientais à Unidade de Conservação. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone 4439-5025, ou pelo endereço eletrônico fiscalambiental@santoandre.sp.gov.br.