Crise econômica e o futuro

Bom seria se a esperança que a chegada de um novo ano desperta valesse para 2016. O ano mal começou e as dificuldades apenas aumentaram. Isto porque, como é de conhecimento geral, estamos atravessamos uma conjuntura econômica e política dificílima. Eu diria, de incertezas como há muito não se vivia no Brasil. Particularmente para os que dependem da produção e do emprego. E quando me refiro a produção e ao emprego não estou mencionando apenas os trabalhadores, os mais atingidos, mas também as empresas que diante dessa situação caótica muitas delas estão com seu futuro deveras comprometido.

Por conta disso, no curto e médio prazo não enxergo perspectivas. A indústria automotiva brasileira, a pujante indústria automobilística, enfrenta uma das suas piores crises. No setor, a produção despencou e o desemprego aumenta a cada dia.

Quando menciono a questão do setor automotivo estou primeiramente me referindo a crise que gera desemprego. Somente na empresa General Motors em São Caetano do Sul temos hoje 2.258 trabalhadores em sistema de lay-off (contrato de trabalho suspenso), porém com prazo curto para terminar.

O outro ponto sobre o tema em destaque é que, a queda da produção e do emprego, leva inevitavelmente a uma redução drástica na arrecadação de impostos e que prejudica diretamente o poder público, as ações do governo local que, diante de um cenário de incertezas, sente-se muitas vezes obrigado a reduzir investimentos, cortar despesas, adequar os interesses da cidade a uma realidade da qual não é responsável.