Rango propaganda ganha concorrência pública em S. Caetano e vai gerir mais de R$12 milhões

A pequena empresa Rango Publicidade de São Paulo, que transferiu-se para São Caetano a pouco mais de três meses é a nova menina dos olhos do prefeito Paulo Pinheiro e secretário de Comunicação Fernando Scarmelloti que parecem estar sem uma agência oficial desde o ano passado.

Mas, pode não ser tão fácil assim a vencedora da concorrência pública com mais de 76 pontos assumir ou gerir a verba de publicidade do município deste ano na ordem de mais de 12 milhões, como estava previsto no edital publicado na última quinta-feira no jornal Diário do Grande ABC na página 8 do caderno de classificados.

As concorrentes de porte e de nível bem superior a vencedora do certame a Rango Propaganda são: Área Comunicação Propaganda e Marketing; CIN Comunicação Integrada Ltda; Linking Publicidade e Propaganda; Mídia Treze Propaganda; Octopus Propaganda e Sotaque Brasil Publicidade, – já estão se mexendo para barrar o resultado da licitação.

De propriedade exclusivamente de Renata Poletti de Sousa, ex-diretora da Radiante Propaganda (grupo Cavassani) e também ex-funcionária da CIN Comunicação Integrada de propriedade de Ivan Cavassani, assumiu a empresa Rango em meados de dezembro de 2015, comprando a quantia de 500 (quinhentas cotas no valor de R$ 1,00 cada) de Luisa de Alvarenga Ribeiro, sócia até então de Aloisio Ribeiro da Cruz.

Dias após, comprou a totalidade da empresa segundo contrato social com sede em São Paulo na rua Correia Dias – no Bairro Paraiso – SP, e a transferiu para a cidade de São Caetano para a rua Manoel Coelho – Centro, promovendo a mudança de endereço no contrato social sendo única proprietária da empresa deixando a segunda vaga em aberto para um provável sócio posteriormente e também efetuando a mudança do objeto social da empresa para a exploração do ramo de publicidade em geral; até então era apenas empresa de prestação de serviço de confecção de pastas, confecção de banners, placas de homenagem, de troféus, de placas, de camisetas promocionais, medalhas personaliza-das, encadernação de documentos, impressões digitais – bem diferente do ramo de publicidade e propaganda (desenvolvimento e criação) o que o edital mencionava como item principal.

Tanto a transferência de domicílio, quanto a transformação, como a formação da “agência de publicidade” antes do dia 06 de novembro de 2015, segundo a contestação de um dos principais concorrentes da Rango Propaganda , a empresa Área Comunicação, é de que a Rango sequer era uma agência de publicidade antes desta data, e os atestados de qualidade técnica apresentados e anexados no processo era de outro ramo de serviço, diferente os de publicidade e propaganda, pois ele não existia na agência antes desta data.

A empresa Área pede ainda a desclassificação imediata da vencedora porque dentre todos os documentos o balanço financeiro não é oficial, com chancela da junta comercial, portanto inválido, sendo mais uma das provas contra a incoerência do resultado dando ganho de concorrência a Rango Propaganda de Renata Poletti.

Em meio a tantos documentos, somente a empresa Área Comunicação, apresentou documentos contra a Rango, indiferente das principais agências da região, que ficaram caladas até o momento, – principalmente a CIN Comunicação de Ivan Cavassani que até bem pouco tempo atrás tinha como sua funcionária (?), Renata Poletti.

Seria mais uma manobra da prefeitura e secretaria de comunicação de São Caetano para emplacar uma agência sem experiência para gerir dinheiro Público? – Seria a Rango Propaganda somente mais uma agência de fachada, mas a verba seria gerida pela principal agência do município que há mais de 25 anos controla as verbas municipais de propaganda e depois de assinado o contrato de mais de 12 milhões de reais – definiria o nome do outro sócio?

O Ministério Público e a Câmara de vereadores deveriam fiscalizar com mais rigor os contratos efetuados pela prefeitura do município, visto que ficam muitas suspeitas de arbitrariedades cometidas neste edital de concorrência pública e sua principal vencedora, que em três meses, ganhou licitação, mudou de atividade e se instalou na cidade.

Muito fácil e rápido, por isso é suspeito tal procedimento que deve ser investigado o mais breve possível pelo Ministério Público.

Provas de que a Rango não exercia a função de agência de propaganda foi apresentada pela empresa Área que se diz prejudicada na licitação

Provas de que a Rango não exercia a função de agência de propaganda foi apresentada pela empresa Área que se diz prejudicada na licitação